A Constituição Federal, em seu art. 196, assegura a todos o acesso à saúde, de modo universal e igualitário. Cabe, então, ao ente público cumprir o seu papel e dar atendimento médico à população, oferecendo os meios necessários de que necessitar para se ter uma boa saúde, à aqueles, que não podem adquirir por falta de condições financeiras. Isto é lei, e não deve ser questionada ,mas cumprida.
Infelizmente à prática diária não vislumbra esta realidade , e como cidadão devo ser fiscal e buscar através das entidades que no seu papel constitucional zelam pela ordem jurídica desta grande nação, meios para assegurar o cumprimento fiel do texto constitucional. É triste vivenciar longos anos de desrespeito aos princípios básicos e universais do direito à vida, digna , justa e igualitária como é apregoada nos princípios Universais do Direito do Homem de 1948, das Nações Unidas.
Nos corredores da COEMAL ( UEAL), vivenciamos a falta de observância a algumas normas jurídicas deste país ,como é de conhecimento público , e tão bem documentado pela nossa Imprensa Alagoana.
Há uma ferida manchando de vermelho , como um punhal cravado em nosso peito, a nossa carta magna.
Alagoas parece um estado sem direito , onde todos, principalmente os idosos, não têm seu estatuto respeitado,e são internados em cadeiras, macas frias , duras por dias, a espera de uma cama "macia" para pensar suas feridas.
Há fartura em Faltar medicamentos,cuidados sanitários, e como se não bastasse ,o solo caeté é fértil em olvidar o que há de mais sagrado e magno no País : A Constituição Federal, a mãe de todas as normas jurídicas.Até quando os governantes irão "padecer" desta Amnésia Voluntária ?
Triste Alagoas, terra onde há privação contumaz de Cidadania !
Que no próximo natal este sonho de ter a Constituição cumprida na íntegra, com dias melhores de cidadania plena, seja o meu presente de Noel.
Mário Augusto
Links Utéis:
Conselho Federal de Medicina
Ministério Público Federal
Departamento de Polícia Federal
Agência Nacional de Vigilância Sanitária
O estado de Alagoas é caracterizado por uma inigualável sucessão de magníficas praias, concentradas numa extensão de 230 Km. Nesta terra abençoada, o generoso sol brilha o ano inteiro, filtrado pela imensidão de coqueirais à beira-mar, revelando uma das mais fascinantes paisagens do Nordeste, uma natureza quase intocada, junto à qual se preservam importantes conjuntos arquitetônicos e históricos.
ResponderExcluirEm contrapartida este mesmo paraíso apresenta o pior Índice de Desenvolvimento Humano do Brasil; tem a pior distribuição de renda do país, ou melhor, a maior concentração de renda, onde 10% da população detêm mais da metade das riquezas, sendo que doze famílias acumulam a maior parcela; Alagoas é hoje, disparado, o pior Estado nordestino em saneamento; Alagoas é o Estado mais pobre do Brasil, com renda média mensal per capita de R$ 219, 17,6% abaixo da média nordestina e 52,6% menor do que a média brasileira; Alagoas é o Estado com o maior índice de analfabetismo de maiores de 15 anos; enfim, a pobreza é a mesma no sertão ou na capital: casas são precárias, sem eletricidade, água ou infra-estrutura.
Este quadro da saúde, apresentado acima, é mais um dos fardos que o povo desta terra, um dos mais miseráveis do Brasil, está submetido. E é de se perguntar até quando este caos irá perdurar.
Irônico é pensar que Alagoas já contou com representantes nas altas esferas políticas e mesmo assim, se tornou o pior Estado em diversos indicadores socioeconômicos. Só para lembrarmos, é alagoano Aldo Rebelo, do PC do B (eleito por São Paulo), que foi o presidente da Câmara, e no Senado, Renan Calheiros, do PMDB, que foi também presidente. Uma das candidatas à Presidência, e das figuras políticas de maior projeção nacional, foi a senadora alagoana Heloísa Helena, do PSOL. No principal cargo da República, depois de ter emplacado os dois primeiros presidentes, Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, Alagoas voltou ao poder com Fernando Collor, que foi eleito em 1989 e sofreu impeachment em 1992.
Onde está o problema? Será que não é em nós que assistimos bestializados tudo o que acontece em Alagoas, ou mesmo não queremos enxergar tal realidade? Ou pior, se não fosse este blog nunca teria conhecimento da barbárie que a sociedade alagoana se encontra? É necessário refletirmos sobre tudo isso e descobrir nosso papel de cidadão e de ser humano para mudar esta dura Alagoas real!