Blog AR NEWS |
Data: 04/09/2005
Autor: Donizete Oliveira
Fonte: O Diário do Norte do Paraná
Site: MP na Imprensa
O assassinato do advogado apucaranense Valdecir Mileski, 40, e do pai dele, Orestes Mileski, 67, no último dia 16 de julho, aumenta a lista de crimes insolúveis em Jandaia do Sul.
Os corpos dos dois foram encontrados por volta das 21 horas daquele dia numa plantação de milho nos fundos da fazenda da família, na zona rural de Bom Sucesso. Eles foram executados a tiros. Os corpos de Valdecir e Orestes estavam no interior de um Ford Fiesta, placa de Apucarana. Mileski Filho foi executado com dois tiros e um corte no pescoço; o pai, com três tiros. Nada foi levado do carro, segundo a polícia. Eles se dirigiam à fazenda da família e, ao passar por Jandaia do Sul, teriam telefonado ao caseiro da propriedade dizendo que logo chegariam. Como isso não ocorreu até a noite, a polícia foi acionada e encontrou os corpos no carro.
De lá para cá, 26 pessoas foram ouvidas e, até agora, não há pistas dos assassinos. Exame de balística no Instituto Médico Legal (IML) de Maringá detectou que os tiros que vitimaram Valdecir e Orestes foram disparados por um revólver 32.
"Crime desse tipo é difícil porque não tem testemunha ocular, os corpos são deixados num lugar soturno, o que embaralha a investigação", afirma o superintendente da delegacia de Jandaia do Sul, Laércio Rodrigues, 44. Ele apela, se alguém souber de alguma pista, que se dirija à delegacia de Jandaia do Sul. "Não precisa se identificar, a gente pede que venha aqui e nos ajude. Até agora, infelizmente, não há nada de concreto. Portanto, precisamos da colaboração da comunidade". Para Rodrigues, quem matou os Mileski não é profissional porque fez um ´serviço? grosseiro se utilizando de um revólver e um objeto cortante, que pode ser uma faca. "Pela experiência, sabemos que pistoleiros contratados só utilizam pistolas ou qualquer arma mais sofisticada para matar alguém", comenta.
Outro crime que intriga Jandaia é a morte do taxista Miguel Martines Sanches, 64, ocorrida em 9 de março de 2000. "Miguelzinho da Rodoviária", como era chamado, era uma das pessoas mais conhecidas na cidade. Sua morte revoltou Jandaia. Com dois tiros na nuca, o corpo dele foi encontrado num matagal na zona rural do município. Mais de 15 pessoas foram ouvidas no inquérito, mas não se tem certeza sobre o autor do assassinato. Um suspeito está preso em Londrina por praticar outros crimes, mas ele não confessou a morte do taxista. O que leva a polícia a acreditar que tenha sido ele é uma seqüência de crimes com uma pistola 9 milímetros tipo de arma que foi utilizada para matar o taxista, segundo exame de balística.
O inquérito está com o Ministério Público.
Outro crime permanece misterioso há mais de uma década. Trata-se da morte do advogado criminalista Ivalino Turk, em 9 de setembro de 1994. O corpo foi encontrado de bruços, algemado, com um tiro na cabeça numa estrada de terra perto do trevo que dá acesso a Marumbi. Turk foi visto pela última vez num churrasco. Hipóteses não faltam para o crime. Algumas até beiram o absurdo, como a de que ele teria encomendado a própria morte. Na época, comentou-se que o advogado estaria com uma doença grave, teria feito um seguro de vida e deixado uma carta de despedida. Diante da falta de provas, o inquérito foi arquivado em 1998. Na época, em entrevista a O DIÁRIO, o delegado de Jandaia, Gustavo Tucci Nogueira, não confirmou a versão da carta e da doença. Para ele, a falta de testemunhas dificultou as investigações.
Leia mais e Tire suas dúvidas :Você é o Reportér