PROJETO ELEITOR JOVEM
I – PEQUENA HISTÓRIA DO VOTO
Antigamente, na Grécia, no século 7. a.C. os moradores de Atenas e de outras cidades da Grécia, tomavam decisões que iriam fazer parte da vida de todo o povo grego em reuniões que eram denominadas de Assembléia. Os homens gregos, ou seja, os cidadãos gregos decidiam todos os assuntos do governo e ainda aprovavam leis. Quando falamos em ‘homens gregos’, é porque nem as mulheres nem os escravos podiam participar das Assembléias onde eram decididos os assuntos de maior importância para o governo grego nem tampouco da aprovação das leis. Em nosso país, o Brasil, não era diferente: nem as mulheres nem os escravos podiam votar antigamente. Para os gregos isso era chamado de DEMOCRACIA. Mas o que é DEMOCRACIA? De acordo com Abraham Lincoln democracia quer dizer “GOVERNO DO POVO, PARA O POVO E PELO POVO”. Foi esse o modelo de democracia adotada pelo Brasil e por vários outros países do mundo. Mesmo quando nos tornamos independentes, no ano de 1822, votar não era para qualquer um. Só os homens muito ricos e ainda por cima esses homens tinham que ser brancos. Os homens pobres e os negros, que eram escravos, não tinham o direito de votar. Como já falamos anteriormente, as mulheres também não tinham direito a voto. E você sabe qual foi o primeiro país a dar esse direito às mulheres? Foi a Nova Zelândia no ano de 1823. Em nosso país, as mulheres não podiam votar até o ano de 1934, mesmo ano em que o voto passou a ser obrigatório para os cidadãos brasileiros. Na Constituição Federal de 1988, aconteceram as últimas mudanças, uma delas é a que dá o direito de voto facultativo a todos jovens maiores de 16 e menores de 18 anos, a todos os analfabetos e aos maiores de 70 anos, já os cidadãos maiores de 18 e menores de 70, têm a obrigação de votar, ou seja, caso não votem, precisam justificar o seu voto numa agência dos correios ou no cartório eleitoral mais próximo do local onde se encontre.
II – O QUE É O VOTOO voto é uma forma legal de escolher quem nos representará. Votar realmente é um ato necessário para exercitarmos a cidadania. No Brasil nós votamos para eleger Vereadores, Prefeitos, Deputados Estaduais, Deputados Federais, Senadores e Presidente da República.
III – O QUE É O VOTO CONSCIENTE?
Voto consciente é o voto de atitude! Voto consciente é um voto para ajudar a construir um Brasil melhor, mais justo, solidário e próspero! É o voto com responsabilidade, sem negociação, sem troca, sem compra e venda. Quem negocia voto, negocia direito, negocia cidadania. Não se deixe enganar pelo Blá-blá-blá! Tem muito candidato que fala bonito, mas fica só nisso. Aqueles que aparecem para comprar o voto do eleitor já mostra sua falta de compromisso com a população e, uma vez eleitos, deixa o povo “a ver navios”. O voto não tem preço, tem conseqüência. A propósito do voto é de ser lembrado o que disse Bertold Brecht, grande pensador e dramaturgo alemão sobre o Analfabeto Político: “O pior analfabeto é o analfabeto político.Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas.O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política.Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.” Para se votar consciente é necessário avaliar o que os candidatos dizem, levando-se em conta os seguintes aspectos: - Suas promessas são viáveis? - São capazes de resolver os problemas que verdadeiramente nos atingem? - São realmente as pessoas mais adequadas para ocuparem os cargos a que estão concorrendo? Nossa responsabilidade não termina ao depositar o voto na urna. Todo eleitor tem o dever de acompanhar o desempenho daqueles que elegem para saber se eles estão agindo como devem e se merecerão nosso voto nas próximas eleições. É nosso direito e dever fiscalizar o comportamento dos políticos eleitos, especialmente se as promessas que fizeram estão sendo cumpridas, e se a nossa comunidade está sendo beneficiada. Caso não estejam cumprindo o que prometeram não merecerão nossa confiança nas próximas eleições. Por fugir a nossa responsabilidade com o voto, ficamos como maus eleitores e parecidos com um dos animais abaixo: Avestruz: Enfia a cabeça em sua ''vidinha'', ignora a realidade. Sem querer, ajuda os políticos corruptos.Cascavel: Tem raiva de política e destila veneno. Age na emoção, anulando o voto ou votando em qualquer um.Formiga: Só vê o doce, vota em quem lhe faz agrado, sem cobrar compromissos.Papagaio: Repete o que ouve no rádio ou na TV, sem fazer juízo próprio.
IV – QUAL SERÁ A MINHA ATITUDE ?
Tenho entre 16 e 18 anos de idade, hoje aprendi um pouco da história do voto, o que é o voto, que voto não tem preço tem conseqüência, que devo participar nas próximas eleições, votando, para influir no meu futuro. E agora José? O que farei com a mensagem semente que recebi hoje do Projeto Eleitor Jovem? Acredito nela? Deixo isso pra lá que é coisa careta? Jogo fora o esforço do Programa Justiça na Escola, da UNICEF e da OAB de Alagoas? Vou curtir e cair na balada eleição não é comigo. Como anda a minha vida? Minha família? Meu pai e minha mãe têm um trabalho dignificante? Minha rua é calçada e tem saneamento? Como é o transporte coletivo no meu bairro? Tenho assistência de saúde e remédio a hora que preciso? Tenho segurança individual e coletiva? Tenho segurança nutricional? Minha escola tem a qualidade que me permita disputar o PSS da UFAL com os alunos da rede privada? Estou satisfeito tenho tudo, não preciso de mudanças com eleições. E os outros? Você vive em sociedade? Vivo e daí? Os outros, são só os outros. Será que individualmente você é feliz? Não esqueça você é um animal social e só se realiza em sociedade. De que adianta você ter o que pensa precisar se, ao seu redor, os demais não têm nada? Não vamos ficar no plano teórico, vamos meditar profundamente no papo desta noite, vamos refletir e tentar responder a cada indagação levantada, só assim descobriremos que o futuro começa hoje, está a nossa frente, nos olhos da nossa cara, encaremo-lo agora para não nos arrependermos depois. Comecemos amanhã cedo, se alistando para as próximas eleições, e nelas vamos escolher os deputados estaduais, os deputados federais, um senador, o governador do Estado e o presidente da República. Mas se eu fizer tudo isso (me alistar e votar) e a minha vida não mudar, não estarei sendo enganado esta noite? Não, você está fazendo parte de um processo lento que é a construção da democracia, a qual, atualmente, se resume as eleições, ou seja, é só formal, precisamos ter uma democracia participativa e isso, depende principalmente de você. A gente pode e deve construir um novo caminhar, até por imperativo ético, mesmo que isso custe muito sacrifício, muita luta, demore muito, não importa, são percalços do caminho. É preciso educar o povo para a democracia participativa, na qual ele (o povo) conspira e trama seu destino. Não esqueçamos que cada um de nós aqui e agora, é chamado a se educar politicamente, participando do colégio eleitoral. Não podemos nos conformar com a atual democracia formal, restrita ao voto e tão só ao voto, a cada eleição, ainda assim com todos os vícios atuais, é preciso evoluirmos para superar a letargia mecânica do ato de votar por obrigação, sem qualquer conseqüência, para, de modo consciente, com o nosso voto, num atuar político plural, mudemos a realidade atual.
Everaldo Bezerra Patriota
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"Os profissionais, ou mesmo estagiários, que chegam a ocupar um espaço no Escritório Everaldo Patriota Advocacia seguramente carregam em seu currículo uma gama incontestável de conhecimentos , de senso ético e crítico apurados, além de conduta moral e profissional cuidadosamente avaliada, comprometida de modo intransigente com a defesa dos direitos humanos".
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