MENDONÇA NETO - mendoncanetoal@uol.com.br
Uma tempestade varreu o Judiciário alagoano. Como as chuvas temporãs que tudo alagaram, os ventos do privilégio abalaram ruinosamente os já frágeis alicerces da Justiça em nosso Estado.
Quero dizer aqui, primeiro, do abismo que separa a remuneração de desembargadores e médicos. Por que um médico, que tem a missão de salvar vidas, ganha pouco mais de R$ 2 mil reais no Pronto Socorro e tem que trabalhar até o esgotamento, e um desembargador recebe mais de R$ 24 mil mensais? Doze vezes mais do que um cirurgião, um urgentista, um cardiologista, um pediatra, um neurologista, que entregaram os melhores anos de sua vida ao estudo superior e às especialidades, para ganhar do Estado, míseros R$ 70 por dia.
Além de injusto é um atestado de burrice, porque precisamos de médicos que trabalhem com serenidade e alegria, e esta remuneração não recompensa o esforço despendido, horas a fio, em hospitais desaparelhados, sujos, mal conservados, sem remédios nem aparelhagem condignas, quase tudo funcionando na base do amor à camisa, do esforço extenuante e do milagre.
Vejam que um desembargador ganha quase R$ 1 mil por dia, contra os R$ 70 do médico e arbitra para si mesmos as gratificações que entende serem "justas". No caso das diferenças salariais devidas pelos planos fracassados dos Sarneys e Collors, quem paga é o povo, anos depois, e quem recebe é única e tão somente que conhece os descaminhos do privilégio.
A) Leia mais
B)"Saúde de Alagoas"
Uma tempestade varreu o Judiciário alagoano. Como as chuvas temporãs que tudo alagaram, os ventos do privilégio abalaram ruinosamente os já frágeis alicerces da Justiça em nosso Estado.
Quero dizer aqui, primeiro, do abismo que separa a remuneração de desembargadores e médicos. Por que um médico, que tem a missão de salvar vidas, ganha pouco mais de R$ 2 mil reais no Pronto Socorro e tem que trabalhar até o esgotamento, e um desembargador recebe mais de R$ 24 mil mensais? Doze vezes mais do que um cirurgião, um urgentista, um cardiologista, um pediatra, um neurologista, que entregaram os melhores anos de sua vida ao estudo superior e às especialidades, para ganhar do Estado, míseros R$ 70 por dia.
Além de injusto é um atestado de burrice, porque precisamos de médicos que trabalhem com serenidade e alegria, e esta remuneração não recompensa o esforço despendido, horas a fio, em hospitais desaparelhados, sujos, mal conservados, sem remédios nem aparelhagem condignas, quase tudo funcionando na base do amor à camisa, do esforço extenuante e do milagre.
Vejam que um desembargador ganha quase R$ 1 mil por dia, contra os R$ 70 do médico e arbitra para si mesmos as gratificações que entende serem "justas". No caso das diferenças salariais devidas pelos planos fracassados dos Sarneys e Collors, quem paga é o povo, anos depois, e quem recebe é única e tão somente que conhece os descaminhos do privilégio.
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B)"Saúde de Alagoas"