Hospital Margarida pode ser ampliado
sexta-feira, 13 de julho de 2001
Apesar de estar em João Monlevade anteontem para falar sobre a perda do certificado de filantropia da Pró-Saúde, o presidente da entidade, José Carlos Rizoli, acabou abordando o polêmico assunto sobre a possível doação do prédio onde funciona o Hospital Margarida. O imóvel pertence à Belgo e esteve prestes a ser repassado para a Pró-Saúde no início do ano, mas o processo de transferência foi retardado por manifestações contrárias da Câmara Municipal.
José Rizoli confirmou que para a Pró-Saúde realizar investimentos necessários ao Hospital Margarida, o imóvel precisa estar em nome da entidade, impossibilitada de intervir com gastos financeiros em patrimônio privado. Sabemos que a Belgo está fazendo estudos nesse sentido. Nós estamos aguardando. É nossa intenção, no momento em que a Belgo decidir, reunir com o corpo clínico do hospital e tomar algumas medidas sobre a doação, disse.
No entanto, informou que em contato com a gerência da Belgo durante sua presença na cidade pediu que o processo de doação seja suspenso até que se decida sobre a filantropia. Porque entendemos que precisamos primeiro terminar esse problema para depois passar ao outro, confirmou.
Porém, José Rizoli disse que a doação do prédio não significa a imediata ampliação do hospital, mas o estabelecimento de um cronograma para realização das intervenções e busca de parcerias com o poder público para implementação das mudanças.
No dia que recebemos o prêmio da Unicef, de Hospital Amigo da Criança, eu disse que nós íamos ter a UTI nesse hospital, que é importante. E ampliação do Pronto Socorro, e aumento do bloco cirúrgico... São coisas inevitáveis. Têm que ser feitas, reafirmou dizendo, no entanto, que serão realizadas segundo priorização das obras urgentes.
Pró-Saúde administra 56 hospitais no Brasil
Uma dúvida até então sem resposta, levantada na Câmara Municipal sempre que o assunto é Pró-Saúde, foi abordada diante da cúpula da instituição. A Pró-Saúde administra 56 hospitais no Brasil com a filantropia de João Monlevade? Levaram o certificado da cidade e hoje desfrutam dele?
O presidente da entidade, José Carlos Rizoli, explica que não é esta a verdade. Em 1996, a Associação Monlevade de Serviços Sociais (AMSS) foi transformada em Pró-Saúde, que passou a ter a filantropia e partiu da administração do Hospital Margarida, em Monlevade, para o restante do país após ter sua sede transferida para São Paulo.
Vamos fazer um exercício de raciocínio. Se continuasse a associação local, ela teria que conviver com um hospital sem sobra financeira, que ainda absorve o SUS a mais - 84%, quando deveriam ser apenas 60% - e se precisasse de dinheiro teria que recorrer à população para ajudar... Não é o caso da Pró-Saúde, expôs José Rizoli.
Ele mostra como vantagem toda a mudança e o surgimento da Pró-Saúde, que agindo nacionalmente em mais hospitais pode remanejar recursos financeiros ou até humanos de um local para outro, suprindo necessidades. Nós temos uma capacidade de articulação e remanejamento muito maior, com uma estrutura grande que beneficia o Hospital Margarida. É uma vantagem para a cidade ter a Pró-Saúde, argumentou.
A explicação provoca reflexão e acaba revelando que uma entidade local com a filantropia poderia ser alento para os mais bairristas. Porém, na prática seria realmente difícil de se manter financeiramente, apenas com o horizonte da cidade para buscar recursos, sem o poder financeiro que a Pró-Saúde adquiriu ao ampliar seu mercado de atuação a partir de São Paulo, o que seria muito difícil através de Monlevade.
Fonte: Cidade Mais
sexta-feira, 13 de julho de 2001
Apesar de estar em João Monlevade anteontem para falar sobre a perda do certificado de filantropia da Pró-Saúde, o presidente da entidade, José Carlos Rizoli, acabou abordando o polêmico assunto sobre a possível doação do prédio onde funciona o Hospital Margarida. O imóvel pertence à Belgo e esteve prestes a ser repassado para a Pró-Saúde no início do ano, mas o processo de transferência foi retardado por manifestações contrárias da Câmara Municipal.
José Rizoli confirmou que para a Pró-Saúde realizar investimentos necessários ao Hospital Margarida, o imóvel precisa estar em nome da entidade, impossibilitada de intervir com gastos financeiros em patrimônio privado. Sabemos que a Belgo está fazendo estudos nesse sentido. Nós estamos aguardando. É nossa intenção, no momento em que a Belgo decidir, reunir com o corpo clínico do hospital e tomar algumas medidas sobre a doação, disse.
No entanto, informou que em contato com a gerência da Belgo durante sua presença na cidade pediu que o processo de doação seja suspenso até que se decida sobre a filantropia. Porque entendemos que precisamos primeiro terminar esse problema para depois passar ao outro, confirmou.
Porém, José Rizoli disse que a doação do prédio não significa a imediata ampliação do hospital, mas o estabelecimento de um cronograma para realização das intervenções e busca de parcerias com o poder público para implementação das mudanças.
No dia que recebemos o prêmio da Unicef, de Hospital Amigo da Criança, eu disse que nós íamos ter a UTI nesse hospital, que é importante. E ampliação do Pronto Socorro, e aumento do bloco cirúrgico... São coisas inevitáveis. Têm que ser feitas, reafirmou dizendo, no entanto, que serão realizadas segundo priorização das obras urgentes.
Pró-Saúde administra 56 hospitais no Brasil
Uma dúvida até então sem resposta, levantada na Câmara Municipal sempre que o assunto é Pró-Saúde, foi abordada diante da cúpula da instituição. A Pró-Saúde administra 56 hospitais no Brasil com a filantropia de João Monlevade? Levaram o certificado da cidade e hoje desfrutam dele?
O presidente da entidade, José Carlos Rizoli, explica que não é esta a verdade. Em 1996, a Associação Monlevade de Serviços Sociais (AMSS) foi transformada em Pró-Saúde, que passou a ter a filantropia e partiu da administração do Hospital Margarida, em Monlevade, para o restante do país após ter sua sede transferida para São Paulo.
Vamos fazer um exercício de raciocínio. Se continuasse a associação local, ela teria que conviver com um hospital sem sobra financeira, que ainda absorve o SUS a mais - 84%, quando deveriam ser apenas 60% - e se precisasse de dinheiro teria que recorrer à população para ajudar... Não é o caso da Pró-Saúde, expôs José Rizoli.
Ele mostra como vantagem toda a mudança e o surgimento da Pró-Saúde, que agindo nacionalmente em mais hospitais pode remanejar recursos financeiros ou até humanos de um local para outro, suprindo necessidades. Nós temos uma capacidade de articulação e remanejamento muito maior, com uma estrutura grande que beneficia o Hospital Margarida. É uma vantagem para a cidade ter a Pró-Saúde, argumentou.
A explicação provoca reflexão e acaba revelando que uma entidade local com a filantropia poderia ser alento para os mais bairristas. Porém, na prática seria realmente difícil de se manter financeiramente, apenas com o horizonte da cidade para buscar recursos, sem o poder financeiro que a Pró-Saúde adquiriu ao ampliar seu mercado de atuação a partir de São Paulo, o que seria muito difícil através de Monlevade.
Fonte: Cidade Mais