Duas gestantes com suspeita de gripe A obrigaram a Secretaria Estadual de Saúde em Alagoas a fechar as portas da maior maternidade pública do Estado, a Santa Mônica. As gestantes que procuram a unidade estão sendo encaminhadas a outros hospitais, para atendimento. A suspensão é por tempo indeterminado.
Em nota, a direção do hospital diz que as gestantes estão com uma síndrome respiratória aguda grave, ou seja, os mesmos sintomas, que se confirmaram como gripe A, que mataram um jovem de 30 anos, no último domingo, em Maceió. A Secretaria Estadual de Saúde confirmou o caso na última quinta-feira e anunciou medidas para evitar novas mortes. A morte do jovem, que trabalhava em uma usina, é a primeira causada pela doença no Estado. Trinta e quatro casos foram confirmados em Alagoas. Sangue foi coletado das duas gestantes e encaminhado a Fundação Osvaldo Cruz para análise.
"Nesse momento precisamos da compreensão e colaboração de todos os profissionais das unidades hospitalares do Estado a fim de cumprirmos nosso objetivo maior que é cuidar e salvar vidas", disse o gerente da Santa Mônica, José Carlos Souza Silver.
Ao mesmo tempo, os médicos intensivistas do Hospital Élvio Auto, na capital, único referência no tratamento da gripe A, anunciaram demissão coletiva, mas o hospital não vai fechar. "Foi dado um prazo de 30 dias. Os salários são de R$ 2 mil, uma miséria, e os contratos são de prestadores de serviço", afirmou o presidente do Sindicato dos Médicos, Welington Galvão. A Secretaria Estadual de Saúde disse estar adotando medidas para evitar a demissão dos médicos.
Redação Terra
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