Circula pela internet uma falsa propaganda através de e-mails e postagens em sites que afirmam existir uma pequena quantidade de mercúrio nas vacinas contra a Influenza A H1N1,que irá provocar seqüelas irreparáveis na população. Provavelmente as mensagens disseminadas sejam por pura ignorância ou talvez com mero intuito de criar medo perante a população e desvirtuamento da campanha preconizada pelo Ministério da Saúde. De certa forma , são atos insanos com características de terrorismo que só ajudam na destruição de vidas humanas.
Opinião do Dr. Celso Tavares,em 19 de março de 2010, via e-mail :
A vacina contém timerosal, consequentemente mercúrio. A quantidade é ínfima e após a sua retirada das vacinas pediátricas que o continham, os eventos que eram atribuídos a ele, como o autismo, mantiveram-se nos mesmos níveis. Então...
A questão é a seguinte: o que causa dor, sofrimento e morte faz parte do nosso cotidiano e, ao invés de nos dedicarmos a votar corretamente, mantermos uma série de condutas sobejamente conhecidas e tentarmos ser felizes, nos dedicamos a desvirtuar a boa discussão e a atribuir, como se fazia na Idade Média, a causas que, como diria um sábio professor da UFPE, são "minudências não percucientes".
O mercúrio está no 'sanduiche natural' e daí? Sejamos racionais e passemos a contribuir para a melhoria do meio ambiente, restringir a ingestão de determinados alimentos etc.
Um grande abraço,
Celso
Dr. Celso Tavares,Infectologista do antigo(Hospital de Doenças Tropicais) hoje Hospital Escola Dr. Hélvio Auto em Maceió-Al,Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina /UFAL,Assessor Técnico da SESAU ,Mestre pela FSP/USP e Doutor pelo CPaAM/FIOCRUZ
A questão é a seguinte: o que causa dor, sofrimento e morte faz parte do nosso cotidiano e, ao invés de nos dedicarmos a votar corretamente, mantermos uma série de condutas sobejamente conhecidas e tentarmos ser felizes, nos dedicamos a desvirtuar a boa discussão e a atribuir, como se fazia na Idade Média, a causas que, como diria um sábio professor da UFPE, são "minudências não percucientes".
O mercúrio está no 'sanduiche natural' e daí? Sejamos racionais e passemos a contribuir para a melhoria do meio ambiente, restringir a ingestão de determinados alimentos etc.
Um grande abraço,
Celso
Dr. Celso Tavares,Infectologista do antigo(Hospital de Doenças Tropicais) hoje Hospital Escola Dr. Hélvio Auto em Maceió-Al,Professor Adjunto IV da Faculdade de Medicina /UFAL,Assessor Técnico da SESAU ,Mestre pela FSP/USP e Doutor pelo CPaAM/FIOCRUZ
Ministério da Saúde do Brasil : Perguntas e Respostas
1. A vacina H1N1 contém mercúrio — a segunda substância mais perigosa do planeta depois do urânio. O veneno de uma cascavel é menos perigoso que o mercúrio. A substância em outras vacinas está ligada à epidemia de autismo entre crianças.
O que dizem os especialistas: há um derivado do mercúrio na vacina, o timerosal, usado para conservar o medicamento. Como a quantidade é pequena, não há registros de danos ao corpo. O Ministério da Saúde recomenda que pessoas alérgicas à substância consultem um médico. Pesquisas recentes não confirmam associação entre a substância e o autismo.
2. Ela contém esqualeno, uma substância que quando injetada no corpo pode fazer o sistema imunológico humano voltar-se contra si mesmo!
Especialistas: assim como o derivado de mercúrio, o esqualeno é um componente comum em vacinas. Segundo o Ministério da Saúde, ele é um complemento alimentar retirado do fígado do tubarão e não oferece risco para o sistema imunológico.
3. Ela contém células de câncer de animal que pode provocar câncer nas pessoas!
Especialistas: não há esse tipo de células na vacina. Usou-se células animais em vacinas que estão saindo do mercado, como a antirrábica, mas sem nenhuma relação com câncer.
4. O governo federal não está confiante quanto à segurança da vacina H1N1, é por isso que foi dada às indústrias farmacêuticas imunidade contra ações judiciais. Isto significa que se seu filho ou esposa ficar inválido ou morrer por causa da vacina H1N1, você não poderá processar a indústria farmacêutica que fez a vacina.
Especialistas: quando há dúvida sobre uma medicação, ela não é liberada. O Ministério da Saúde não assinou nenhum termo de imunidade judicial com empresas. Elas são responsáveis pelos produtos que fabricam.
5. A entrada no mercado da vacina foi acelerada, o que significa que todos os efeitos colaterais a médio e longo prazo não são conhecidos.
Especialistas: a entrada foi acelerada, mas isso não quer dizer que a vacina não seja segura. A medicação é semelhante à usada na prevenção da gripe comum. A principal diferença é que o vírus morto usado é o do H1N1.
6. Em 1976 o instituto médico afirmou que havia uma situação crítica relativa à gripe suína. As pessoas começaram a morrer ou ficaram inválidas após tomarem a vacina contra a gripe suína.
Especialistas: na ocasião, houve casos de gripe A entre recrutas americanos. Eles tomaram a vacina e, em alguns casos, houve complicações, interrompendo a campanha. O que se ressalta é que a vacina de hoje não é a mesma e não tem registros de problemas até agora.
7. As estatísticas e os fatos estão sendo manipulados para provocar pânico! O número de pessoas que supostamente estão com o H1N1 são somente estimativas, não números reais. Os testes usados para o H1N1 não são aprovados pela FDA (Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos), e esses testes não são confiáveis.
Especialistas: ao contrário, médicos e outros profissionais da saúde tentam amenizar o medo da população, ressaltando que a gripe A é apenas uma variação da gripe comum.
8. De acordo com as declarações dos Centros de Controle de Doenças, Agência de Drogas e Alimentos e da Organização Mundial da Saúde (OMS), o H1N1 é uma doença moderada da qual muitas pessoas se recuperam em uma semana sem medicação.
Especialistas: a maioria das pessoas que adoecem realmente se recuperam bem. A vacinação tenta impedir que os grupos considerados de risco, como as gestantes, tenham prejuízos à saúde, como ocorreu no inverno passado.
Fontes: Ministério da Saúde, infectologista Gustavo de Araújo Pinto e a doutora em microbiologia Andréa de Lima Pimenta.