Empresas de Collor, João Lyra e João Tenório querem achatar salário dos profissionais.
Decepção. Foi isso o que os jornalistas de Alagoas sentiram hoje pela manhã na sede da Superintendência Regional do Trabalho, ao receberem dos empresários da comunicação a proposta de Acordo Coletivo 2010/2011.
Os patrões, além de negarem aumento real de salários e abono compensatório para a perda do retroativo de 2009, só aceitaram repor metade da inflação acumulada nos últimos doze meses, que deve ficar em 2,2%.
O “presente de grego” foi dado na véspera do Dia do Jornalista, marcando profundamente os profissionais que vestem a camisa das empresas, dedicam-se à liberdade de imprensa, produzem jornalismo de qualidade e contribuem para o enriquecimento dos patrões.
Nesta quarta-feira (7 de abril), quando se comemora o dia da categoria, ao invés dos trabalhadores lembrarem a data com orgulho, lembrarão com um sentimento de luto e tristeza, pela falta de reconhecimento e o desrespeito demonstrados pelos donos da mídia.
A proposta da Gazeta de Alagoas, TV Gazeta, TV Pajuçara, O Jornal, Tudo na Hora, Gazeta Web e demais empresas para o Acordo Coletivo 2010/20011 é muito parecida com a do ano passado, quando elas ofereceram ZERO de reajuste salarial.
Da mesma forma que em 2009, quando os jornalistas precisaram acionar a Justiça, todos terão de se mobilizar bastante neste ano, que é eleitoral, para reaver ao menos as perdas da inflação.
ASSEMBLÉIA
Diante da intransigência e do total desrespeito do patronato com os trabalhadores, o Sindicato dos Jornalistas convocou assembléia geral da categoria para a próxima segunda-feira, a partir das 19 horas, na sede da entidade.
Na oportunidade será avaliada a proposta das empresas e definidos os próximos passos da campanha salarial, que incluem a instauração do dissídio coletivo e atividades de mobilização.
Ao apresentarem sua proposta hoje na SRT, as empresas deixaram claro que não voltarão à mesa de negociação. Disseram por escrito que, em caso de recusa dos jornalistas, o Sindicato deve ingressar com dissídio no Tribunal Regional do Trabalho.
Fonte:SINDJORNAL