A Associação dos Cabos e Soldados (ACS) de Alagoas tomou conhecimento de que o soldado da Polícia Militar José Hailton Mariano do Nascimento, de 34 anos, passou 12 dias no corredor do Hospital Geral do Estado (HGE) esperando desocupar um leito e a oportunidade de realizar a cirurgia. Ele sofreu um acidente de motocicleta no dia 21 de outubro e fraturou um osso na região próxima da bacia.
Como não dispõe de plano de saúde, o militar foi conduzido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para a unidade hospitalar. Sem leitos disponíveis ficou praticamente mendigando uma chance de ser atendido dignamente.
O caso, segundo Hailton, foi comunicado ao alto comando da PM. Assistentes sociais foram mobilizadas para resolver o problema, mas até a tarde desta quinta-feira (4) nada havia sido feito.
Como o tempo estava passando e um dos médicos havia lhe alertado que a cirurgia não poderia ser feita no HGE, o soldado procurou ajuda de amigos para custear a cirurgia, avaliada em R$ 10 mil. O procedimento é para que sejam colocados pinos para sustentar o osso danificado devido ao acidente.
“Consegui cinco mil reais (R$ 5 mil) com os colegas e de recursos próprios e a outra metade será paga pelo SUS”, disse o militar, antes de ser levado ao centro cirúrgico na tarde desta quinta-feira, na Santa Casa de Misericórdia de Maceió.
“Foi um absurdo passar por tudo isso e sendo um funcionário público. O Hospital da PM era para ser equipado. Infelizmente ele não serve para nada”, reclamou.
O presidente da ACS, Wagner Simas, disse que a entidade vai ajudar o militar no que for preciso. “Se temos condições de ajudar vamos assim fazer. Mas também queremos denunciar o descaso da Saúde no Estado e o pouco caso que o governo está fazendo com o Hospital da PM”.
Fonte:
Escrito por Thiago Gomes http://www.acsalagoas.org.br/