Os cirurgiões gerais que prestam serviços na Unidade de Emergência do Agreste só vão trabalhar até o dia 7 de dezembro. A partir de então, o hospital passa a contar apenas com os oito cirurgiões concursados, que não são suficientes para cobrir toda a escala. Preocupado com a situação, o Sinmed procurou o juiz da 4ª Vara da Fazenda Estadual em Arapiraca, Giovanni Jatubá, e o Defensor Público do Estado em Arapiraca, André Chalub de Lima, para discutir o assunto e pedir providências para que a categoria não seja penalizada, a exemplo do que ocorreu durante a paralisação de 36 horas dos prestadores de serviço, ocorrida em outubro.
Na ocasião, os médicos efetivos foram obrigados, através de liminar judicial, a dar plantões extras. Quem faltasse pagaria multa e sofreria sanções administrativas. Depois da decisão dos prestadores de serviço, durante reunião no último dia 8, o Sinmed resolveu se antecipar e procurou o juiz. Foi então marcada uma reunião com o Defensor Público, que ouviu a diretoria do Sindicato e ficou de se pronunciar nos próximos dias. “Alguma providência terá que ser tomada pelo governo, pois oito cirurgiões não são suficientes para cobrir toda a escala semanal. Além de terem outros compromissos profissionais, esses médicos também precisam de descanso.
A falta de médicos é um problema criado pelo governo, que paga um salário vil, não realiza concurso e quer suprir a deficiência contratando prestador de serviço e obrigando os efetivos a darem plantões extras. Isso não pode continuar. Ninguém mais quer ser prestador de serviço em Alagoas, mesmo ganhando mais que o médico efetivo, porque em estados como Pernambuco e Sergipe a remuneração é muito maior. O pessoal está indo trabalhar fora de Alagoas”, explica o presidente do Sinmed, Wellington Galvão.