Sem quadro suficiente para fechar as escalas do fim de semana, a direção da UE do Agreste foi orientada pela coordenação de urgências e emergências da Sesau a entrar na Justiça para obrigar os médicos efetivos a trabalhar aos sábados e domingos.
O autor da ideia comanda um setor de trabalho médico, mas – atenção Cremal – o tal coordenador não é médico. Pode o trabalho médico estar subordinado a um profissional estranho à área? Seria bom checar.
Além disso, ameaçar os efetivos com uma liminar judicial para obrigá-los a trabalhar além da carga horária legal é, no mínimo, indecente. É importante lembrar também que a maioria dos médicos tem compromissos profissionais em outros serviços – até porque ninguém sobrevive apenas com o salário do Estado. É legal obrigar um médico a faltar um plantão em hospital particular para fechar escala no Estado?
Caso a ameaça de liminar se concretize, os médicos efetivos prometem pedir demissão. Aí, a emergência do Agreste vai ficar sem médicos no fim de semana e na semana também. É isso que se pretende?
FONTE:SINMED-AL