Notas:
Fundada em 7 de setembro de 1896, A Tribuna, sucessora da Gazeta de Alagoas, surgiu como órgão do Partido Republicano Federal de Alagoas, passando, a partir do ano seguinte – 1897 – a apresentar-se simplesmente como órgão do Partido Republicano.
De publicação diária, era impressa na tipografia do mesmo nome, com redação e administração localizadas na Praça dos Martírios, atual Marechal Floriano Peixoto, no 8.
Começou redigida por Ângelo Neto. De 1o de fevereiro de 1898 até 24 de dezembro de 1911 foi órgão oficial.
Em janeiro de 1912 suas oficinas foram adquiridas pelo Estado de Alagoas e transformada em A Tribuna no Diário Official.
O governador do Estado na época, Euclides Vieira Malta, aproveitando-se das circunstâncias, adquiriu o prelo e todo o material tipográfico que pertencia àquele jornal.
A 15 de janeiro de 1912, pelo Decreto no 537, foi criado o Diário Official, cujo primeiro número apareceu na quarta-feira, 17 daquele mesmo mês e ano, tendo suas instalações localizadas na Rua do Comércio, 174 (numeração antiga).
As páginas do Diário Official, então, acolhiam toda espécie de matéria estranha a uma publicação de sua natureza, das notas sociais por meio do seu Registro Festivo, à crônica policial, aos anúncios da Emulsão de Scott; do “Dentista João Ribeiro de Mello, diplomado em São Paulo”; da Mercearia Boa Vista, oferecendo a 2$500 a lata de leite Horlick’s, importado, da garage Estevam, publicando a “tabela de preços de corrida de seus automóveis de aluguel: 1 hora - 14$000, 1/2 hora - 7$000” e da Pomada Milagrosa, vendida em potes de 1$000 réis, que “cura qualquer ferida em poucos dias.”
Não só seu formato como sua aparência de jornal particular mudou com o exemplar de número 123, de 4 de julho do mesmo ano de seu aparecimento, quando diminuiu para o formato que até hoje conserva.
A partir de 16 de maio de 1961, a exemplo de outros órgãos oficiais brasileiros, passou a ter também caráter noticioso.
Seu primeiro diretor nomeado foi Aloísio Menezes, por ato de 3 de fevereiro de 1912. Os três que se seguiram foram Alípio Goulart (nomeado a 2 de maio), Orlando Araújo (nomeado a 7 de maio, que pediu exoneração em 8 de julho seguinte) e Álvaro Corrêa Paes (nomeado a 12 de junho de 1912).
Dele também foi diretor o conhecido romancista Graciliano Ramos, de 31 de maio de 1930 a 26 de dezembro de 1931.
Embora o Diário Oficial tenha sido criado em 15 de janeiro de 1912, pelo Decreto no 537, a Imprensa Oficial como repartição pública somente passou a existir no ano seguinte, durante a administração do coronel Clodoaldo da Fonseca, por meio de outro decreto, que tomou o número 636, de 30 de janeiro de 1913.
Esse mesmo diploma legal, em seu artigo 3o tornava obrigatória a assinatura do Diário Oficial para todos os funcionários públicos estaduais da classe ativa.
Os operários fundadores desse órgão oficial foram Valêncio Carneiro de França, Jorge Freitas, Pedro Veloso, Manuel Carlos, Virgínio de Campos, Eduardo Lucena, Oscar Barros, Manuel Soares, Benedito Ângelo, Genésio Santana, José Juvenal de Farias Bitencourt e José Vicente Barcelos.
Quanto aos seus primeiros revisores, registramos os nomes de Silvestre Péricles de Góes Monteiro – que governou Alagoas de 1947 a 1951 –, Paulino Rodrigues Santiago, Rômulo Jucá e José Loyola.
A primeira máquina impressora do sistema offset foi introduzida em Alagoas, no ano de 1974, pela Imprensa Oficial.
No Governo Muniz Falcão, quando era a Imprensa Oficial dirigida pelo jornalista Floriano Ivo Júnior, por intermédio do artigo 43 da Lei no 2.249, de 15 de junho de 1960, foi transformada em autarquia estadual. Mas, só a 17 de setembro seguinte, a lei no 2.301 estabeleceu as normas para o seu funcionamento.
Em 20 de dezembro de 1971, na gestão do jornalista Carlos Moliterno, e durante a administração de Afrânio Salgado Lages, por meio da Lei no 3.198, foi finalmente transformada em sociedade de economia mista, sob a denominação de Serviços Gráficos de Alagoas S.A., com a sigla SERGAL, modificada para SERGASA quatro anos após, por decisão da Assembléia dos Acionistas, no dia 25 de março de 1975.
Logo depois de transformada em sociedade de economia mista foi transferida para novas instalações, no quilômetro 7 da Avenida Durval de Góes Monteiro, ainda na administração de Afrânio Lajes.
Cumprindo sua função de editar o Diário Oficial e atender à administração estadual com a confecção de impressos de modo geral, a SERGASA procurou ampliar seu parque gráfico com um programa de reequipamento e expansão, por meio do qual novas técnicas e processos foram implantados.
A partir de sua reestruturação, reintroduziu em Alagoas a moderna impressão offset, com máquinas impressoras Heidelberg, além de equipamentos de fotolitogravuras, oferecendo melhor qualidade em seus impressos e ampliando sua capacidade de produção, até então limitada.
O programa de expansão só foi acelerado depois de 1975, no Governo Divaldo Suruagy e sob a presidência do jornalista Zacarias Santana, com a compra de novos equipamentos para as operações de acabamento e a implantação do sistema de fotocomposição, além da criação de novos departamentos na estrutura da empresa.
Os objetivos da ampliação eram calcados nas exigências por melhores serviços, qualidade superior e alto padrão de impressão, o que motivou a construção de um prédio anexo e a compra de novas impressoras offset, além de uma rotativa Goss Community, para impressão do Diário Oficial, e equipamentos de foto-reprodução e acabamento.
Já em 1978 a SERGASA identificava-se como uma gráfica-editora de porte considerável, atendendo não somente aos órgãos da administração estadual, mas também à iniciativa privada, quando maior apoio e incentivo foi dado à edição de livros técnicos e culturais, jornais, revistas e boletins.
O Diário Oficial, impresso em offset, mas ainda sem poder oferecer publicação imediata de suas matérias, em face de sua composição tipográfica, a partir de junho de 1979 passou a ser confeccionado pelo processo de gabaritos, possibilitando manter a originalidade das matérias, bem como colocando sua publicação em dia.
No Governo Guilherme Palmeira, também sob a presidência de Zacarias Santana, a SERGASA aperfeiçoou sua estrutura de atendimentos, já tendo ampliado de 1.132 para 2.746 metros quadrados sua área construída. Quanto ao número de empregados, de pouco mais de 90 em 1973, chegava a 217 em 1980.
O caráter editorial da empresa tem se revelado pelo grande número de livros de autores alagoanos que vêm sendo editados, oferecendo total apoio à cultura e às letras, enquanto mantém sua produção de jornais e revistas de títulos diversos, para atender entidades culturais, científicas e de classes trabalhadoras.
Do parque gráfico da SERGASA saíram o Jornal da Produção, a Folha de Alagoas, o Desafio, o Repórter Semanal e a Tribuna de Alagoas (de novembro de 1979 a junho de 1981), bem como as revistas Letras Jurídicas, A Revista, Alagoas Hoje, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Revista Joanina, Revista Natalina, boletins de empresas e entidades de classe.
Em 13 de janeiro de 1999, foi sancionada a Lei no 6.145 que autorizou o governo do Estado a extinguir as empresas e demais órgãos com débitos que iam além do seu patrimônio. A SERGASA foi incluída nessa relação e extinta em 23 de novembro de 2000.
Empenhado na manutenção da Imprensa Oficial, o governador Ronaldo Lessa criou a Imprensa Oficial Graciliano Ramos para dar continuidade às ações antes desenvolvidas pela SERGASA. Ficou então garantida a permanência da Imprensa Oficial e a preservação de todo acervo histórico e cultural que está impresso nas páginas do Diário Oficial que circula desde 1912. O primeiro superintendente do órgão, nomeado pelo governador, é o radialista Ildo Rafael de Vasconcelos que também milita na área de publicidade e criação, nos meios de comunicação em Alagoas. Desta fase nova da lOGRAM constam a recuperação e digitalização para CD-ROM do Diário Oficial e uma nova estrutura para atender com agilidade aos órgãos do Estado com impressos em geral. Outras novidades são um novo arquivo do D.O. com visitação pública para pesquisas da nossa história, e a biblioteca Graciliano Ramos, com pequeno acervo de utensílios que eram de seu uso, como uma antiga máquina de escrever – instrumento de trabalho do ex-diretor da Imprensa Oficial em décadas passadas.
Fonte: Associação Brasileira de Imprensas Oficiais
Fundada em 7 de setembro de 1896, A Tribuna, sucessora da Gazeta de Alagoas, surgiu como órgão do Partido Republicano Federal de Alagoas, passando, a partir do ano seguinte – 1897 – a apresentar-se simplesmente como órgão do Partido Republicano.
De publicação diária, era impressa na tipografia do mesmo nome, com redação e administração localizadas na Praça dos Martírios, atual Marechal Floriano Peixoto, no 8.
Começou redigida por Ângelo Neto. De 1o de fevereiro de 1898 até 24 de dezembro de 1911 foi órgão oficial.
Em janeiro de 1912 suas oficinas foram adquiridas pelo Estado de Alagoas e transformada em A Tribuna no Diário Official.
O governador do Estado na época, Euclides Vieira Malta, aproveitando-se das circunstâncias, adquiriu o prelo e todo o material tipográfico que pertencia àquele jornal.
A 15 de janeiro de 1912, pelo Decreto no 537, foi criado o Diário Official, cujo primeiro número apareceu na quarta-feira, 17 daquele mesmo mês e ano, tendo suas instalações localizadas na Rua do Comércio, 174 (numeração antiga).
As páginas do Diário Official, então, acolhiam toda espécie de matéria estranha a uma publicação de sua natureza, das notas sociais por meio do seu Registro Festivo, à crônica policial, aos anúncios da Emulsão de Scott; do “Dentista João Ribeiro de Mello, diplomado em São Paulo”; da Mercearia Boa Vista, oferecendo a 2$500 a lata de leite Horlick’s, importado, da garage Estevam, publicando a “tabela de preços de corrida de seus automóveis de aluguel: 1 hora - 14$000, 1/2 hora - 7$000” e da Pomada Milagrosa, vendida em potes de 1$000 réis, que “cura qualquer ferida em poucos dias.”
Não só seu formato como sua aparência de jornal particular mudou com o exemplar de número 123, de 4 de julho do mesmo ano de seu aparecimento, quando diminuiu para o formato que até hoje conserva.
A partir de 16 de maio de 1961, a exemplo de outros órgãos oficiais brasileiros, passou a ter também caráter noticioso.
Seu primeiro diretor nomeado foi Aloísio Menezes, por ato de 3 de fevereiro de 1912. Os três que se seguiram foram Alípio Goulart (nomeado a 2 de maio), Orlando Araújo (nomeado a 7 de maio, que pediu exoneração em 8 de julho seguinte) e Álvaro Corrêa Paes (nomeado a 12 de junho de 1912).
Dele também foi diretor o conhecido romancista Graciliano Ramos, de 31 de maio de 1930 a 26 de dezembro de 1931.
Embora o Diário Oficial tenha sido criado em 15 de janeiro de 1912, pelo Decreto no 537, a Imprensa Oficial como repartição pública somente passou a existir no ano seguinte, durante a administração do coronel Clodoaldo da Fonseca, por meio de outro decreto, que tomou o número 636, de 30 de janeiro de 1913.
Esse mesmo diploma legal, em seu artigo 3o tornava obrigatória a assinatura do Diário Oficial para todos os funcionários públicos estaduais da classe ativa.
Os operários fundadores desse órgão oficial foram Valêncio Carneiro de França, Jorge Freitas, Pedro Veloso, Manuel Carlos, Virgínio de Campos, Eduardo Lucena, Oscar Barros, Manuel Soares, Benedito Ângelo, Genésio Santana, José Juvenal de Farias Bitencourt e José Vicente Barcelos.
Quanto aos seus primeiros revisores, registramos os nomes de Silvestre Péricles de Góes Monteiro – que governou Alagoas de 1947 a 1951 –, Paulino Rodrigues Santiago, Rômulo Jucá e José Loyola.
A primeira máquina impressora do sistema offset foi introduzida em Alagoas, no ano de 1974, pela Imprensa Oficial.
No Governo Muniz Falcão, quando era a Imprensa Oficial dirigida pelo jornalista Floriano Ivo Júnior, por intermédio do artigo 43 da Lei no 2.249, de 15 de junho de 1960, foi transformada em autarquia estadual. Mas, só a 17 de setembro seguinte, a lei no 2.301 estabeleceu as normas para o seu funcionamento.
Em 20 de dezembro de 1971, na gestão do jornalista Carlos Moliterno, e durante a administração de Afrânio Salgado Lages, por meio da Lei no 3.198, foi finalmente transformada em sociedade de economia mista, sob a denominação de Serviços Gráficos de Alagoas S.A., com a sigla SERGAL, modificada para SERGASA quatro anos após, por decisão da Assembléia dos Acionistas, no dia 25 de março de 1975.
Logo depois de transformada em sociedade de economia mista foi transferida para novas instalações, no quilômetro 7 da Avenida Durval de Góes Monteiro, ainda na administração de Afrânio Lajes.
Cumprindo sua função de editar o Diário Oficial e atender à administração estadual com a confecção de impressos de modo geral, a SERGASA procurou ampliar seu parque gráfico com um programa de reequipamento e expansão, por meio do qual novas técnicas e processos foram implantados.
A partir de sua reestruturação, reintroduziu em Alagoas a moderna impressão offset, com máquinas impressoras Heidelberg, além de equipamentos de fotolitogravuras, oferecendo melhor qualidade em seus impressos e ampliando sua capacidade de produção, até então limitada.
O programa de expansão só foi acelerado depois de 1975, no Governo Divaldo Suruagy e sob a presidência do jornalista Zacarias Santana, com a compra de novos equipamentos para as operações de acabamento e a implantação do sistema de fotocomposição, além da criação de novos departamentos na estrutura da empresa.
Os objetivos da ampliação eram calcados nas exigências por melhores serviços, qualidade superior e alto padrão de impressão, o que motivou a construção de um prédio anexo e a compra de novas impressoras offset, além de uma rotativa Goss Community, para impressão do Diário Oficial, e equipamentos de foto-reprodução e acabamento.
Já em 1978 a SERGASA identificava-se como uma gráfica-editora de porte considerável, atendendo não somente aos órgãos da administração estadual, mas também à iniciativa privada, quando maior apoio e incentivo foi dado à edição de livros técnicos e culturais, jornais, revistas e boletins.
O Diário Oficial, impresso em offset, mas ainda sem poder oferecer publicação imediata de suas matérias, em face de sua composição tipográfica, a partir de junho de 1979 passou a ser confeccionado pelo processo de gabaritos, possibilitando manter a originalidade das matérias, bem como colocando sua publicação em dia.
No Governo Guilherme Palmeira, também sob a presidência de Zacarias Santana, a SERGASA aperfeiçoou sua estrutura de atendimentos, já tendo ampliado de 1.132 para 2.746 metros quadrados sua área construída. Quanto ao número de empregados, de pouco mais de 90 em 1973, chegava a 217 em 1980.
O caráter editorial da empresa tem se revelado pelo grande número de livros de autores alagoanos que vêm sendo editados, oferecendo total apoio à cultura e às letras, enquanto mantém sua produção de jornais e revistas de títulos diversos, para atender entidades culturais, científicas e de classes trabalhadoras.
Do parque gráfico da SERGASA saíram o Jornal da Produção, a Folha de Alagoas, o Desafio, o Repórter Semanal e a Tribuna de Alagoas (de novembro de 1979 a junho de 1981), bem como as revistas Letras Jurídicas, A Revista, Alagoas Hoje, Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas, Revista Joanina, Revista Natalina, boletins de empresas e entidades de classe.
Em 13 de janeiro de 1999, foi sancionada a Lei no 6.145 que autorizou o governo do Estado a extinguir as empresas e demais órgãos com débitos que iam além do seu patrimônio. A SERGASA foi incluída nessa relação e extinta em 23 de novembro de 2000.
Empenhado na manutenção da Imprensa Oficial, o governador Ronaldo Lessa criou a Imprensa Oficial Graciliano Ramos para dar continuidade às ações antes desenvolvidas pela SERGASA. Ficou então garantida a permanência da Imprensa Oficial e a preservação de todo acervo histórico e cultural que está impresso nas páginas do Diário Oficial que circula desde 1912. O primeiro superintendente do órgão, nomeado pelo governador, é o radialista Ildo Rafael de Vasconcelos que também milita na área de publicidade e criação, nos meios de comunicação em Alagoas. Desta fase nova da lOGRAM constam a recuperação e digitalização para CD-ROM do Diário Oficial e uma nova estrutura para atender com agilidade aos órgãos do Estado com impressos em geral. Outras novidades são um novo arquivo do D.O. com visitação pública para pesquisas da nossa história, e a biblioteca Graciliano Ramos, com pequeno acervo de utensílios que eram de seu uso, como uma antiga máquina de escrever – instrumento de trabalho do ex-diretor da Imprensa Oficial em décadas passadas.
Fonte: Associação Brasileira de Imprensas Oficiais