“MÉDICOS REPROVADOS”
A falta de médicos em Alagoas, que vem sendo agravada devido à baixa remuneração ofertada pelo Estado e municípios, foi tema de duas postagens no blog assinado por Mozart Luna no site CadaMinuto, nos dias 24 e 25 últimos. O blogueiro defendeu como solução para o problema “importar médicos de países da América Latina” – como bolivianos, peruanos, paraguaios e, principalmente, cubanos (que seriam os mais bem preparados e competentes).
O Sinmed enviou uma nota de esclarecimento e também de defesa dos médicos, que foram acusados de leiloar salários, não terem compromisso com a ética médica e serem mercenários. (A íntegra da nota do Sinmed está no site do sindicato – www.sinmed-al.com.br). Antes de escrever seu texto, Luna ouviu apenas o lado dos prefeitos. Poderia ter ouvido o Sindicato dos Médicos, mas escorregou na mesma falta de ética de que acusou os profissionais da medicina.
Com relação aos médicos estrangeiros (ou brasileiros formados em universidades bolivianas,cubanas ou de outros países), vale reproduzir o início de matéria “Médicos reprovados” publicada pelo jornal O Estado de São Paulo, em 3 de janeiro de 2011, reproduzido nos sites www.estadao.com.br e www.alagoasreal.blogspot.com:
“Os resultados do projeto-piloto criado pelos Ministérios da Saúde e da Educação para validar diplomas de médicos formados no exterior confirmaram os temores das associações médicas brasileiras. Dos 628 profissionais que se inscreveram para os exames de proficiência e habilitação, 626 foram reprovados e apenas 2 conseguiram autorização para clinicar. A maioria dos candidatos se formou em faculdades argentinas, bolivianas e, principalmente, cubanas.
As escolas bolivianas e argentinas de medicina são particulares e os brasileiros que as procuram geralmente não conseguiram ser aprovados nos disputados vestibulares das universidades federais e confessionais do País. As faculdades cubanas - a mais conhecida é a Escola Latino-Americana de Medicina (Elam) de Havana - são estatais e seus alunos são escolhidos não por mérito, mas por afinidade ideológica. Os brasileiros que nelas estudam não se submeteram a um processo seletivo, tendo sido indicados por movimentos sociais, organizações não governamentais e partidos políticos.”
Fonte:SINMED