A paralisação dos médicos que trabalham para os planos de saúde, na última quinta-feira (7), foi um protesto contra a baixa remuneração pelos procedimentos e também contra a interferência das empresas na prática médica. Alagoas teve um dos maiores índices de adesão ao movimento, que em todo o país teve a participação de cerca de 160 mil profissionais mobilizados pelas entidades médicas nacionais e estaduais.
“O médico entendeu a necessidade de fazer o protesto, deixou seus consultórios e foi às ruas lutar por dignidade profissional. O movimento, bem sucedido em todo o país, mostrou a capacidade de luta da classe. A partir de agora, os planos de saúde terão que mudar a relação de trabalho com os médicos, pois, caso não haja mudança, outras atitudes serão tomadas pela categoria”, comentou o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, ao fazer um balanço da paralisação.
Ele reforçou que a intenção do movimento não foi punir os usuários dos planos de saúde, mas mostrar às empresas a insatisfação dos médicos com a forma como são tratados, além de alertar os próprios usuários para os prejuízos que sofrem em decorrência da ganância dos planos de saúde.
“As empresas fazem tudo para aumentar os lucros: reajustam as mensalidades anualmente, pagam mal pelos serviços e vetam exames, cirurgias, internações, fazendo com que o usuário não receba a assistência que contratou ao aderir a um plano de saúde”, completou Galvão.
Em Alagoas, as entidades médicas se concentraram no Sinmed, onde aconteceu um café da manhã para a imprensa. Médicos e representantes de cooperativas e sociedades de especialistas estiveram presentes. Os presidentes do Cremal, Fernando Pedrosa, da Sociedade de Medicina, Cleber Costa, e da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, Guilherme Pitta, atenderam os jornalistas junto com o presidente do Sinmed, dando informações sobre os motivos da paralisação e a forma como atuam os planos de saúde.
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