O único hospital público que atende emergência encontra-se bem no caminho da zona de risco da Braskem! Já imaginou se existir uma grande explosão na empresa que fica a menos de 1km do hospital ? Gostaria de saber quem iria atender agora os funcionários do HGE que estariam também como pacientes intoxicados pelo gás cloro ? Talvez seriam atendidos no faz de conta do hospital que se encontra arquivado digitalmente nas vinhetas de propaganda da época da belíssima campanha eleitoral de 2010 !!!
Vamos a notícia do Portal Repórter Alagoas:
Vazamento em unidade da Braskem: 130 pessoas atingidas; uma está em estado grave
Um vazamento na unidade da Braskem, em Maceió, atingiu 130 pessoas, 30 delas permanecem internadas em observação (uma delas em estado grave) e 22 crianças foram atendidas em uma clínica do Governo.
A pessoa internada em estado grave e as 29 em observação estão no Hospital Geral do Estado- que recebeu reforço de médicos e pediatras.
O Corpo de Bombeiros Militar registrou o socorro de 30 pessoas, em média, para o Hospital Geral do Estado, por causa do vazamento de cloro na unidade da Braskem, que funciona no Pontal da Barra, por volta das 18h55 deste sábado.
Segundo a assessoria de comunicação, houve um pequeno vazamento na direção da praça Pingo d’Água, no Trapiche da Barra, em direção ao conjunto Virgem dos Pobres, saindo da Braskem. A nuvem, como chama os bombeiros, de cloro, passou por estes lugares, sobrevoou a lagoa Mundaú e se dissipou.
De acordo com a assessoria, os bombeiros foram acionados às 18:55hs por pessoas do Virgem dos Pobres- na proximidade do antigo papódromo. Um integrante do CB passava pelo local, viu pessoas desmaiando com o forte cheiro de cloro e levou algumas delas no próprio carro.
As causas do vazamento estão sendo apuradas.
Informações de moradores dão conta de que uma explosão foi ouvida na fábrica. Há registros de um forte cheiro de cloro em bairros que estão em um raio de três quilômetros da Braskem.
Funcionários do Hospital Geral do Estado disseram ao RA que pelo menos 20 crianças deram entrada no hospital, com falta de ar e ardência nos olhos. Apenas uma pediatra está no HGE, mas a direção desloca mais médicos para o local.
De acordo com a assessoria da Braskem, houve um “incidente, por volta das 19h40, mas ainda não se sabe a extensão disso. Não houve uma explosão, não existem feridos e as pessoas não precisam se preocupar nem sair de suas casas. É importante tranqüilizar a população”.
“A planta da Braskem funciona normalmente”, disse a assessoria.
Segundo a assessoria da empresa- que todos os anos realiza treinamento com as pessoas da região- não houve necessidade de se acionar o alarme de riscos da Braskem, porque a situação está controlada.
Casos não são novos
No dia 28 de outubro de 2006, cerca de 1.200 m³ de salmoura, contendo sódio e cloro vazou de um tanque, se espalhando pelas repartições da empresa e contaminando o lençol freático.
Em outubro de 2010, vazamentos de dicloretano (DCE), segundo o Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos de Alagoas e Sergipe contaminaram o lençol freático do Pontal da Barra.
De acordo com o sindicato, foram três vazamentos- o primeiro após a reação de eteno com cloro no sistema do reator, próximo a uma válvula de controle de um dos equipamentos da empresa.
Depois, houve um problema na alimentação de entrada de um dos tanques destinados a estocar temporariamente o DCE.
O terceiro vazamento ocorreu na bomba de transferência de DCE, que puxa o produto do tanque e envia para outro sistema do processo industrial.
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