Filme de 1940. Esta cena ironiza o desejo de Hitler de conquistar o mundo!.
Para entender o verdadeiro cerne da política Alagoana , basta somente degustar os artigos da Socióloga e grande Mestra Ana Cláudia Laurindo.Deixo dois artigos primorosos da professora para a leitura na manhã de hoje !
Poder dizer não
Teu fascínio de Medusa nada consegue comigo: o poder não me petrifica!
Não te quero poder.
O que mais quero é poder te dizer o quanto alcanço o que te é inalcançável na arte
De dominar, o que alcanço é amar!
Teu canto de Sereia não me subjuga: tuas mentiras não me iludem por mais encantadoras que elas se apresentem.
Não te quero poder.
Porque o que quero mesmo é poder contestar tua falácia, denunciar os teus crimes e desmoralizar tuas tradições.
Tuas violações eu as vejo, tua face cínica identifico, tua medíocre mão não me prende porque sei não te querer.
Não te quero poder.
Porque o que quero é poder me ver na face sulcada do pobre, na fala sentida das mães dos meninos feitos dejetos, no olhar sem sonhos do alcoólatra vencido pela baixa-estima, e saber que sou.
Sou irmã. Sou amiga. Sou gente.
Da tua parte o inferno é brilhante, no brilho falso do riso sem gosto, na palmatória quebrando a mão do fraco, no estalar do chicote na noite.
Não te quero poder, e quero poder dizer que a vida não cabe nas frestas sujas (de sangue) dos teus dedos. Tudo te escapa e não vês. Teu olhar é estreito.
A vida te escapa e és morte, o menino te foge e és vil. A mulher te desdenha e és tolo. Passarás e o sonho jamais te será conhecido.
Não te quero poder, porque tenho em mim o poder de viver para além das tuas sinuosas armadilhas.
Meus olhos não temem a morte que pregas, a dor que praguejas e a solidão que vomitas.
Dentro dos meus olhos mora a vida.
A vida se desdobra em sacrifícios. O Amor vence todas as partidas.
Não te quero poder para poder te recusar o jantar, o cálice envenenado e o castiçal assombrado.
Tuas noites são ensaios curtos de vaidade.
Cada novo dia te desmascara e escancara a conquista dos que aprenderam
Viver sem tuas migalhas e por isso, estão sempre podendo dizer que são.
Gente e coisa
Se eu não acreditar naquilo que tu me falas na mídia que tu pagas
ganharei a consciência de me permitir questionar as verdades fabricadas.
Minha fé ponho nas vítimas e na desdita de suas mães!
Justiça é uma utopia.
Em lugar nenhum se localiza, nem mesmo nas fachadas barrocas das cortes.
Tenho um coração amargurado? Oh sim! Por que não poderia ter?
Tenho um coração bem machucado? Tambem sim, como não poderia deixar de ter.
Isso desqualifica meu pensar?
Oh não, absolutamente não!
Se o pensamento não vingar onde há sentido dificlmente servirá à vida!
Meus sentimentos me humanizam para pensar melhor!
O ouro do mundo não paga essa conjugação divina, ser gente e a partir disso,
cidadã! Política!
Não posso mesmo é fingir que acredito no que dizes, negociando sempre a pacificação do
denunciante; calando as mães sob ameaças; vestindo terno preto e assinando coisas ininteligíveis.
És ferramenta de um sistema.
És objeto de vil manipulação.
Comes e bebes na mesa dos iníquos e anestesiando a consciência varas os dias
gritando autoridade em meio aos vassalos deste tempo venal.
Minha consciência não se apieda da tua loucura.
Segue sem te olhar, na indiferença dos autônomos no sentir e no pensar.
Virei humana ao me afastar de ti.
FONTE:Blog da Ana Cláudia
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