A médica ginecologista Maíra Callado França, com CRM número 6515, se recusou a atender pacientes do Hospital Sanatório da Mulher- antiga Paulo Neto, no Centro de Maceió- na noite desta terça-feira, na unidade, e saiu antes mesmo de completar o seu plantão, que começou às sete da noite e deveria se estender até às sete da manhã.
Pacientes grávidas de outras cidades- inclusive da cidade de Matriz de Camaragibe, vindas em ambulância, foram levadas para outras unidades.
Algumas em trabalho de parto.
O reporteralagoas.com.br presenciou a cena.
A irmã de uma parturiente, que havia parido na semana passada na unidade, precisava de atendimento por causa da inflamação dos pontos.
Diante da recusa da médica, ela ameaçou chamar a imprensa.
Pressionada, Maíra Callado França atendeu a paciente.
"O lugar está infeccionado, crítico, mas eu pensava que estava do tamanho de uma laranja, mas está do tamanho de uma acerola. Vai, enfermeira, esprema aí", disse a médica, indo embora.
A família levou a paciente para outra unidade de saúde. Ela passa bem.
Na porta do hospital, um aviso diz que a maternidade está lotada. Dentro, faltam médicos e anestesistas.
Apuração da reportagem aponta que funcionários do hospital não recebem salários há três meses.
A direção da unidade não foi encontrada para falar do assunto.