Ao Estado, o secretário Luiz Otavio Gomes reagiu com veemência e assegurou que jamais negociou com o Panamericano ou outra instituição. Ele disse que o governo Teotonio Vilela herdou R$ 7 bilhões em dívida fundada e R$ 400 milhões em restos a pagar. “Nos primeiros três anos da gestão (2007-2009) os bancos pressionaram constantemente o governo de todas as formas possíveis para receber.”
“Ninguém vai encontrar um único e-mail de minha autoria para banco ou para qualquer diretor tratando desse assunto”, assevera. “Meus computadores e arquivos, inclusive pessoais, estão abertos, à disposição da Polícia Federal. Eu me desloco para São Paulo a cada 10 ou 15 dias porque o governo Teotonio mudou a face de Alagoas, com investimentos de R$ 5 bilhões. Fui procurado sim por diretor de banco, mas se me perguntarem o nome dele eu não sei, como também fui procurado por empresários. Eu disse a eles que iriam receber porque o governo Teotonio é sério, transparente. Mantive contato com esse pessoal que mais nos procurou e sugeri que fossem ao secretário da Fazenda.”
“Eu nunca tratei com nenhum banqueiro, com nenhum executivo de banco sobre valor de débitos. As negociações financeiras foram todas sempre conduzidas pelo secretário da Fazenda, homem sério e competente. Ele foi duríssimo com esse pessoal, não aceitou os números apresentados pelo sistema financeiro, as correções solicitadas e exigiu um deságio. Quero saber exatamente onde há qualquer irregularidade, falcatrua ou esquema de corrupção”, afirma o secretário.
“O que é que Alagoas tem a ver com o rombo de R$ 4,3 bilhões no Panamericano? Eles é que não foram gestores competentes”, assinala Luiz Otavio. “A gente não pode responder pelos e-mails que escrevem.”
Fonte:Estadão