Cuiabá está em alerta após 11 mortes de macacos
A Vigilância de Saúde se mobiliza e oferece vacinas contra Febre Amarela aos moradores do bairro
A Vigilância de Saúde de Cuiabá investiga a morte de 11 macacos no bairro Jardim Aquárius, no período de 21 a 28 de outubro. Uma perícia foi feita no local e a Secretaria de Estado de Saúde aguarda pelos laudos feitos em laboratórios para saber a causa da morte dos primatas. O Ministério da Saúde considera que a partir de uma única morte de macacos, deve-se alertar para a possível ocorrência de casos de febre amarela humana. O órgão também trabalha com a hipótese de envenenamento.
Sem previsão para o resultado dos exames, a Superintendência de Vigilância em Saúde, se adiantou e iniciou as medidas de controle e prevenção para que não ocorra uma possível doença de febre amarela urbana. Segundo a Secretaria, o Brasil não apresenta caso da doença, na sua forma urbana, desde 1942.
Os mosquitos Haemagogus Sabethes é quem pode transmitir para o homem a doença. Se este inseto picar um macaco que esteja com o vírus, e depois, picar o homem, o mosquito pode ser o transmissor da doença.
Ainda segundo a Secretaria, dedetização e orientação estão sendo realizadas nos bairros próximos da ocorrência. A Vigilância também está vacinando pessoas que não receberam as doses da vacina nos últimos dez anos.
FEBRE AMARELA SILVESTRE
De 1992 a 2006 o Estado de Mato Grosso apresentou 22 casos de Febre Amarela sendo que 13 destes casos evoluíram para óbito e nove obtiveram a cura. Em 2007 o Estado apresentou um caso da doença no município de Juara. Em 2008 dois casos, em Novo São Joaquim e Guarantã do Norte. Em 2009 dois casos em Feliz Natal. No ano de 2010 não houve registro. Em 2011 até a presente data também não há registro.
“Esses dados dizem respeito à Febre Amarela em sua forma silvestre. Mato Grosso não apresenta registros de Febre Amarela, na sua forma urbana, desde 1942”, explicou Oberdan Lira.
O programa de vigilância epidemiológica e controle da febre amarela no Brasil tem como um dos principais pilares a vigilância de epizootias em primatas não-humanos, baseada na detecção, notificação e investigação laboratorial de primatas doentes ou mortos. Não raramente a ocorrência de epizootia de febre amarela em primatas vem precedendo a ocorrência de casos humanos. Para conhecer a ocorrência de epizootias notificadas : http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=37357&janela=1
Fonte:Promedorg