A auxiliar de odontologia Adriana Monteiro, 39 anos, morreu na última segunda-feira, em Londrina, vítima de “choque hemorrágico de dengue”, de acordo com o atestado de óbito. Ela foi sepultada na manhã de ontem, no Cemitério Municipal de Ibiporã. Segundo o marido de Adriana, Joel Divino Costa, 42, a causa da morte foi atestada por médicos do Hospital Universitário (HU), no qual Adriana estava internada desde o dia 9. Esta seria a quinta morte por dengue em Londrina este ano.
A gerente de Epidemiologia da Secretaria Municipal de Saúde, Sandra Caldeira, informou que já foram coletadas amostras da auxiliar de odontologia para a realização de exames. Segundo ela, o caso de Adriana “ainda é tratado como suspeito”.
A auxiliar de odontologia morava no Jardim Monte Belo, zona sul. De acordo com o último Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (Lira), divulgado na sexta-feira passada, a região apresentou o maior índice de infestação do mosquito no município - 1,02% -, também superior ao preconizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) que é de 1%.
A família suspeita que Adriana tenha sido picada pelo mosquito no local de trabalho, no Jardim Piza, também na região sul da cidade. “Ela sentiu a picada na sexta-feira e comentou comigo. Na segunda, começou a passar mal e ter dores de cabeça”, disse o marido. Ele explicou que levou a mulher no mesmo dia no Hospital da Zona Sul (HZS), onde ela foi medicada já por suspeita de dengue. “Ela passou a noite lá e foi liberada”, contou. Segundo o marido, Adriana voltou a passar mal na terça-feira, com vermelhidão em todo o corpo, e foi novamente ao hospital. “Ela ficou internada e, na quarta, dia 9, eu consegui que fosse transferida para o HU”, afirmou. Para Costa, não houve negligência médica, mas ele conta que “parecia que os remédios não faziam efeito. Ela só foi piorando”.