Muita luta e algumas conquistas importantes. Em Maceió, a categoria comemorou a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos e a criação de carreira de médico, no serviço público municipal. Depois de prolongada negociação, o projeto de lei enviado pelo prefeito Cícero Almeida à Câmara Municipal foi aprovado no dia 6 de janeiro. Sancionada dias depois pelo prefeito, a lei começou a valor com o início da implantação do PCCV.
Os médicos da rede estadual conseguiram da Sesau a implantação de uma gratificação por atividade médica, melhorando os salários da categoria enquanto o Sinmed prossegue na luta pelo PCCV. A gratificação começou a ser paga em maio, mas precisou de muitos ajustes e até da derrubada de um “código de conduta”, criado por diretores de unidades para restringir o acesso dos médicos à melhoria salarial. O código foi derrubado pelo secretário Alexandre Toledo, que fez inúmeras reuniões com o Sinmed ao longo do ano para tratar da gratificação, do PCCV e de outros assuntos de interesse da classe médica.
Nas prefeituras de todo o Estado, a exigência do MPF/AL quanto ao cumprimento da carga horária de 40 horas semanais pelos servidores de nível superior do PSF, foi motivo de ameaças de extinção do programa. Os prefeitos alegaram falta de condições financeiras para aumentar os salários dos médicos. Eles chegaram a ir a Brasília, por mais recursos, mas não tiveram êxito.
Pressionados a cumprir carga horária integral com os salários da carga horária reduzida, os médicos entraram em greve no dia 3 de outubro. O Sinmed negocicou com cerca de 20 prefeituras, obtendo reajuste salarial e o fim da greve. Em vários municípios, as negociações se deram diretamente entre médicos e prefeitura. Mas também houve município que não negociou e ficou sem médicos para o PSF.
Arapiraca decepcionou pedindo a ilegalidade da greve, já perdeu alguns quadros do PSF que foi apontado pela ONU como um dos melhores do Brasil, pelos resultados apresentados. Outros médicos ameaçam pedir demissão. Entre uma rodada de negociação e outra, o Sinmed já se viu obrigado a representar no Cremal contra cerca de dez médicos que assumiram o lugar de colegas grevistas, que caracteriza infração ao Código de Ética Médica.
