Segundo o Wall Street Journal, serviço secreto europeu acredita que líder venezuelano teria poucos meses de vida
Documentos de serviços de inteligência obtidos pelo Wall Street Journal indicam que o câncer do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, teria se espalhado para os ossos e seria mais agressivo do que o admitido oficialmente. Com base nos relatos de pessoas próximas da equipe médica do líder bolivariano, essas agências já trabalham com a hipótese de ele não estar saudável o suficiente para disputar as eleições de outubro.
No final de semana, em evento no qual lançou oficialmente sua campanha pela reeleição, o presidente venezuelano mais uma vez desmentiu os rumores sobre sua saúde. "Algumas pessoas continuam dizendo que estou morrendo, mas é o que elas querem que aconteça", disse.
Um relatório de uma agência de inteligência europeia, ao qual o Wall Street Journal teve acesso, diz que exames médicos mostram um crescimento claro e significativo de células cancerígenas na medula óssea do paciente. Ainda de acordo com o relatório, as supostas complicações seriam motivadas por dois tumores, na próstata e no cólon, negligenciados por muito tempo, e, por isso, a doença estaria se espalhando com rapidez.
Um membro do governo americano disse ao Wall Street Journal ter tido acesso a informações que garantem que o líder venezuelano teria até seis meses de vida. Mas, segundo outro funcionário, a Casa Branca está no escuro sobre o tema. "Simplesmente não sabemos", afirmou.
O presidente venezuelano passou por uma cirurgia em Cuba, em junho, para remover um tumor pélvico. Após três sessões de quimioterapia, ele se disse curado.
Estadão