Após o mega-escândalo de corrupção envolvendo vários assessores do Governo e o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, o setor de licitações do Estado concluiu nesta quarta-feira o processo para a contratação emergencial de empresas prestadoras de serviço que farão a limpeza dos hospitais públicos sob a responsabilidade da administração estadual. É um negócio milionário, sob o qual sempre pairou denúncia de corrupção.
Durante a sessão, realizada no Conselho Estadual de Saúde, a empresa Maq-Service, do empresário José Miguel Saud Morheb, foi eliminada do certame. Conhecido por Miguel Turco, Morheb foi preso durante a Operação termópilas, da Polícia Federal, acusado de pagar propina ao deputado estadual Valter Araújo (PTB), presidente afastado da Assembleia Legislativa e que está foragido.
Valter Araújo seria o chefe de uma suposta organização criminosa que teria desviado R$ 12 milhões do Governo do Estado por meio de licitações dirigidas, justamente na área de limpeza de hospitais. Segundo a PF, o parlamentar também era dono de algumas empresas do setor, administradas por laranjas. Além de Valter, foi preso o então secretário-adjunto de Saúde, José Batista, e mais 15 pessoas. Batista continua preso.
Miguel Turco foi flagrado nas escutas da Polícia Federal afirmando que “propina não é corrupção, é investimento”. A frase veio a público em reportagem do Fantástico, da Rede Globo.
VENCIDO, MAS NÃO CONVENCIDO
Miguel Turco deve recorrer à justiça, a mesma que mandou decretar sua prisão, para tentar permanecer no certame licitatório.
Veja as empresas classificadas:
Da reportagem do TUDORONDONIA