Em Mato Grosso do Sul, mais sete cidades apontam risco de epidemia do vírus
A Vigilância em Saúde de Corumbá registrou, até ontem (12), 501 casos de dengue nos primeiros meses de 2012 e aponta possível epidemia da doença na cidade. O número de pacientes começou a subir no final de fevereiro e registrou o maior índice na semana dos dias 25 a 31 de março, com 101 casos.
Segundo a coordenadora de Vigilância em Saúde de Corumbá, Viviane Campos Ametlla, a preocupação maior é de que a cidade tenha um novo vírus. "Até hoje só foram registrados casos de dengue dos tipos 1 e 2. Na Bolívia, foi comprovado o tipo 3, então, já estamos em alerta", afirma.
Com este risco, a Vigilância Epidemiológica intensificou o monitoramento do isolamento viral em pacientes que chegam às unidades de Saúde da cidade com suspeita da doença.
A explicação dada por Viviane é de que a população se acomodou com os resultados positivos de controle dos índices de infestação do mosquito Aedes Aegypti, causador da doença, nos anos anteriores. "Juntou também com o fato de estar chovendo bastante na cidade, desde fevereiro", comenta a coordenadora.
Para tentar controlar a proliferação do vírus, a Vigilância em Saúde está removendo os criadouros e passando com fumacê nos bairros de maior índice, como Aeroporto, Centro, Popular Nova, Dom Bosco, Cristo Redentor e Popular Velha. "Mas é importante a população ter consciência e colaborar, principalmente durante o período chuvoso", orienta Viviane.
Casos no Estado - Em Mato Grosso do Sul, foram registrados 296 casos de dengue só nesta semana. Além de Corumbá, mais sete municípios estão em alerta por conta da incidência elevada de pacientes com a doença, sendo eles Eldora, Ladário, São Gabriel do Oeste, Figueirão, Três Lagoas, Chapadão do Sul e Sonora.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde do Estado, Campo Grande e mais 15 cidades apresentam o índice alto, mas não corre risco de epidemia. Na Capital, nesta semana, foram registrados 98 casos de dengue.
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