Apologia de Galileu, escrita em 1616 e publicada em 1622, reúne os argumentos contra e a favor de Galileu, acusado de defender a teoria heliocêntrica de Copérnico. Até então, o sistema aristotélico-ptolomaico, em conformidade com a interpretação literal das Sagradas Escrituras, era a única cosmogonia aceita pela Igreja. Estruturada de acordo com o modelo das 'quaestiones disputatae' medievais, o opúsculo é dividido em cinco capítulos, precedido de um proêmio, no qual o autor apresenta a questão que será examinada, 'se a doutrina filosófica que Galileu sustenta, concorda com a Sagrada Escritura ou dela discorda'.