Ave Mães, da Terra de Alagoas
Ana Cláudia Laurindo • 13 de maio de 2012 • 11:41 am
Gostaria de poder alcançar a proeza de espalhar uma gota de luz na ponta do dedo de cada mãe, que em
dor atroz,
Taine e sua mãe Ana Cláudia |
suporta esse dia, na saudade, tristeza e revolta!
As mães sem filhos, a compor a demanda populacional que resulta das ações do crime, em Alagoas.
Que essa luz, as fizesse tocar o coração, onde o amor não morre e movimenta a luta em defesa da vida!
Nossos filhos cedo retirados do aconchego do lar, seja pelas mãos vilãs do crime organizado, do tráfico de drogas, da polícia violenta, da passionalidade sociopata; seja pela indiferença da justiça, pela omissão da sociedade…
Figuram em nossas vidas semidestruídas como ícones da divindade, que nos fala de vida além da morte física, de coragem além do medo, de força inexplicável e de bravura indomada…porque nós somos mães…
Não estamos mais sorrindo em poses domésticas. Não olhamos mais admiradas para as mesas postas. O vazio cresceu demasiado, aquela cadeira sem dono e aquele prato sobrando, figuram a ausência. A dor.
Em uma casa a polícia entrou, matou e justificou. A sociedade calou. Na outra a calamidade anunciou a desdita com ares de pompa, a sociedade aceitou. Naquela a lei silenciou, o gatilho foi apertado e a poesia largada na estrada, no canaval, na rua fria…Essa a história da gente! Para nós, qual dia não é o dia das mães, sofrerem?
A estas anônimas mães, de filhos amados como o meu…de filhas feitas princesas…O símbolo dessa fé e força que move as esperanças removendo as injustiças! Leia mais