Os médicos do serviço público federal em Alagoas entram em greve a partir de amanhã (11), por tempo indeterminado. A paralisação é em protesto à MP nº 568/2012, que mexe com a carga horária, com adicionais e gratificações e com os salários da categoria.
A paralisação é nacional e terá início amanhã na maioria dos estados. Nos demais, a greve só começa na terça-feira (12). Em Alagoas, a adesão ao movimento foi decidida em assembleia geral realizada na última segunda-feira (04), no Sinmed. Conforme determina a lei de greve serão mantidos os serviços de urgência e emergência, UTI e hemodiálise – todos concentrados no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, da Ufal.
Em Alagoas, os médicos do serviço público federal atuam em órgãos como a Funasa, INSS, Escritório do Ministério da Saúde e nos antigos PAMs do extinto Inamps – como o PAM Salgadinho – além do HU da Ufal, que é o único hospital federal do Estado. De acordo com a Lei de Greve, nos casos de paralisação de serviços de saúde, devem ser mantidos os serviços que sejam esseciais à população.
O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, que conduziu a assembleia da semana passada, afirmou que todos os atendimentos eletivos devem ser paralisados. “Só vamos atingir nosso objetivo se a categoria aderir efetivamente ao movimento, paralisando as atividades”, disse.
Segundo ele, a MP 568/2012 corta o salário do médico federal pela metade, congela as aposentadorias, muda o cálculo da insalubridade e de outras vantagens, rebaixando ainda mais o padrão remuneratório do médico. “O salário do médico é baixo. A MP 568 dobra a carga horária e mantém o salário que o médico recebe; caso o profissional não aceite trabalhar a nova carga horária determinada, ele permanece com o mesmo número de horas, mas tem o salário cortado pela metade. Este é apenas um dos prejuízos sofridos pela classe médica, que é a mais prejudicada pela MP”, explicou.
Depois da decisão da assembleia, o Sinmed encaminhou ofícios informando sobre a greve ao chefe do escritório do Ministério da Saúde em Alagoas, à Gerência Regional do INSS, Reitoria da Ufal e Direção-Geral do Hospital Universitário, Superintendência Estadual da Funasa, Secretarias de Estado da Saúde e Municipal de Saúde de Maceió e Ministério Público Federal em Alagoas (MPF/AL).