Para lutar contra a Medida Provisória 568/2012, os médicos anunciam para a próxima semana (12/6), um protesto nacional contra a Medida e em defesa da qualidade da assistência no Sistema Único de Saúde (SUS). As entidades querem chamar a atenção da sociedade para o impacto negativo da decisão para o atendimento à população, especialmente nos hospitais universitários e federais.
O movimento é coordenado pelas entidades médicas nacionais - Conselho Federal de Medicina (CFM), Federação Nacional dos Médicos (Fenam) e Associação Médica Brasileira (AMB) - e será organizados pelas entidades estaduais, que anunciarão o formato do protesto local.
Segundo os Conselhos de Medicina, a MP representa um retrocesso nas relações de trabalho no país: “nos artigos de 42 a 47, por meio dos quais são impostos aos atuais e futuros servidores médicos jornadas em dobro sem acréscimo de vencimentos, redução dos salários em até 50% e corte dos valores pagos por insalubridade e periculosidade”, afirmou por nota à imprensa.
Estados - O problema afeta cerca de 50 mil servidores e já causa protestos em vários estados. Um exemplo é o Rio de Janeiro que coordenou dois atos contra a medida, nos dias 22 e 28 de maio, que reuniu cerca de mil médicos dos hospitais universitários e federais. “Essa medida vai motivar ainda mais a evasão de médicos dos hospitais, que já sofrem com a falta de recursos humanos devido aos baixos salários”, afirma a presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) Márcia Rosa.
O Paraná também realizou mobilizações pelo estado. Em nota, as entidades locais afirmaram que “não é admissível que a MP engesse os valores concernentes à insalubridade, direito também previsto em lei e que tem que estar atrelado ao valor da remuneração do trabalhador”.