Tabela 1: Total de casos e óbitos de SRAG total, SRAG por influenza e influenza por vírus A(H1N1)pdm09, distribuídos por UF e Região de residência. Brasil, até SE 28/2012. |
O Ministério da Saúde reforça a importância da adoção do tratamento oportuno dos casos suspeitos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e dos casos de Síndrome Gripal (SG) com fatores de risco associados, segundo definição de caso do “Protocolo de Tratamento de Influenza – 2011”, independente de qualquer solicitação de exame. Para atingir sua eficácia máxima, o antiviral deve ser iniciado nas primeiras 48 horas após o início da doença. Entretanto, mesmo ultrapassado esse período o Ministério da Saúde indica a prescrição do medicamento.
Na Síndrome Gripal, em casos excepcionais e com base no julgamento clínico, o tratamento antiviral pode serconsiderado para pacientes ambulatoriais sem fatores de risco, desde que o tratamento possa ser iniciado nas primeiras 48 horas do início da doença. Para maiores informações, consulte o Protocolo publicado no Boletim Epidemiológico (Volume 43 de março de 2012) .
Para facilitar a prescrição do medicamento Oseltamivir, o Ministério da Saúde informa que por determinação da Anvisa, segundo RDC 39 de 09/07/2012, este medicamento foi retirado da Lista C1 da RDC Nº 70 de 23/12/2009que trata de “outras substâncias sujeitas a controle especial”. Desse modo, não será mais exigido o controle especial em duas vias e o Oseltamivir passa a ser prescrito como os demais medicamentos em receita simples. Portanto, reforça-se a importância do tratamento oportuno como orientado no “Protocolo de Tratamento de Influenza – 2011”.
CONTEXTO INTERNACIONAL
Segundo os dados da OMS e OPAS, destaca-se que:
* Hemisfério Norte:com o encerramento da sazonalidade, observa-se que a atividade do vírus influenza foi branda e já declinou, mostrando que a doença está fora de seu período sazonal. Nas Américas, destaca-se:
- Estados Unidos da América (EUA) e Canadá: apesar do predomínio dos vírus A(H3N2) e Influenza B respectivamente, ocorreram surtos regionalizados em outras partes do país pelo vírus pós-pandêmico A(H1N1)pdm09 no Texas/EUA e A(H3N2) no oeste do Canadá.
- México: predomínio do Vírus A(H1N1)pdm09 sem alteração no perfil clínico-epidemiológico e virológico.
- América Central e Caribe: houve predomínio dos vírus A(H1N1)pdm09, Influenza B, Adenovírus e Vírus Sincicial Respiratório (VSR).
* Hemisfério Sul: na América do Sul destaca-se:
- Paraguai: até SE 26/2012, foram registrados 8% de óbitos por SRAG entre os hospitalizados por todas as causas. O monitoramento viral indica que 17% dos resultados são de vírus influenza A(H1N1)pdm09
- Argentina: até a SE 25/2012, de 6.628 amostras testadas,0,12% foram positivas para A(H1N1)pdm09 com predomínio do VSR (89,5%).
- Chile: até SE 27/2012, no monitoramento viral, o VRS foi o vírus predominante (83%) e observa-se diminuição a partir da SE 27/2012. A Influenza A, representa 11% dos vírus detectados (principalmente H3N2), iniciando discreta redução a partir dessa semana.
CONTEXTO NACIONAL
Para validação das informações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), as análises para o contexto nacional referem-se aos dados preliminares da Semana Epidemiológica 28 (SE 28/2012) que encerrou em 14 de julho de 2012. As informações incluídas referem-se apenas àquelas que foram digitadas até o dia 12/07/2012. A Base de dados foi acessada em 13/07/2012.
É possível que sejam observadas diferenças entre os numeradores publicados pelas UF, considerando que os dados analisados foram obtidos do SINAN no dia 13 de julho de 2012 e que procedimentos de validação e consistência são executados. As diferenças observadas não configuram incorreção e podem ter sido extraídos em momentos distintos.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SINDROME RESPIRATÓRIA AGUDA GRAVE
Até a SE 28/2012, foram registrados no SINAN um total de 8.936 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave que foram hospitalizados (SRAG hospitalizados), destes, 7,2% (648/8.936) evoluíram para o óbito. A influenza foi responsável por 20,3% (1.822/8.936) do total de casos no período.As maiores proporções de casos de SRAG hospitalizados são de residentes nas regiões Sul 59% (5.247) e Sudeste 33% (2.914) (Tabela 1). Boletim completo em PDF aqui