Por: » MARCELO BRABO MAGALHÃES – advogado e conselheiro federal da OAB/AL.
No campo da política partidária e das organizações profissionais, há candidatos que buscam cargos para promoção pessoal ou para enriquecer de modo ilícito. Mas há também os que se candidatam com propósitos nobres, e que, na prática, demonstram ser movidos pela dedicação a ideais, afeto às instituições a que servem e prazer de ver essas instituições cumprindo de modo sério os papéis que socialmente lhes cabe.
Há alguns dias, o grupo ao qual pertenço, capitaneado pelo nosso líder Omar Coêlho, lançou meu nome para disputar a presidência da OAB em Alagoas. Devo dizer, com base no início deste artigo, que me incluo no rol dos impulsionados por ideais; que sou apaixonado pela OAB e que me realizo, na condição de entusiasta do Direito, quando vejo os resultados das ações dos integrantes da advocacia, beneficiando os próprios advogados em suas prerrogativas, mas também privilegiando a cidadania.
Ao assim me definir, não incorro no erro do autoelogio, porque não estou dizendo que sou bom ou mau em qualquer das artes humanas. Estou apenas falando do modo como sinto o espírito da advocacia, e o modo de sentir algo não nos faz melhores – ou piores – do que ninguém.
Em eleições na OAB, ímpetos de vaidade são desabonadores, pois em todos os pleitos da Ordem, historicamente, não se questiona a qualidade dos candidatos ao cargo maior da instituição (nesse ponto, destaco e homenageio o mestre Marcos Bernardes Mello). E é exatamente por isso que, quanto ao aspecto da competência profissional dos postulantes, qualquer “elogio em boca própria” é considerado vitupério, na boa lição de Cervantes.
Não me cabe, por isso, qualquer avaliação quanto ao desempenho técnico. E não se trata de falsa modéstia, mas de acreditar que tal análise é tarefa que cabe aos milhares de colegas advogados e advogadas, que têm como informar-se sobre cada um dos candidatos, para avaliá-los sob esse aspecto.
O que posso afirmar, sem cair na vala dos vaidosos, é que tenho me dedicado à OAB desde o início da minha vida profissional, e que, ao passar pelos Conselhos Estadual e Federal, por quase todas as suas comissões e órgãos, e representá-la em concursos e nos Conselhos de Entorpecentes e de Segurança Pública, mantive-me atento a cada pormenor que envolve a dinâmica da Ordem.
E é essa experiência que faz com que me sinta apto para tentar ser o melhor timoneiro possível, em um barco cuja condução deve-se, 99%, aos que administrativamente auxiliam o presidente – em especial às advogadas e advogados que são por ele representados e aos funcionários do sistema OAB.
Ponho-me, com meu mísero 1%, à disposição de todos os que honram a OAB/AL e que esperam, na mesma moeda, ter um presidente que os honre.
FONTE: http://marcelobrabo.adv.br/artigos/minha-candidatura-a-presidencia-da-oab/