SUS: MUTIRÃO NÃO ACABARÁ COM FILAS
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou na última segunda-feira (2) o repasse de recursos extras de R$ 650 milhões para estados e municípios, com o objetivo de aumentar o número de cirurgias realizadas pelos SUS. Somados ao valor que foi repassado em 2011, segundo o ministro, a injeção de recursos adicionais para diminuição das filas de espera por cirurgias eletivas vai ultrapassar em 2012 a casa dos R$ 800 milhões.
Durante o anúncio, Padilha disse que o aumento no repasse “visa estimular a realização de cirurgias” e que a política implementada no ano passado – de garantir a antecipação de recursos para estados e municípios – teve o objetivo de viabilizar a contratação de serviços para a realização de mutirões de cirurgias.
Para o presidente do Sinmed, Wellington Galvão, enquanto não houver mudança na tabela SUS, que remunera o trabalho do médico, a intenção do ministro será frustrada. Isso porque, segundo ele, as longas filas de espera por cirurgias eletivas, em todo o País, ocorrem também por falta de médicos, que não aceitam mais os honorários pagos pelo SUS.
“Não adianta o ministro tentar resolver esse problema no varejo, promovendo mutirões e fazendo remendos. Tem que ser dada uma solução definitiva, que é justamente o reajuste da tabela de honorários aliado a um mecanismo de reajuste periódico, que mantenha os valores atualizados. Enquanto isso não acontecer, os médicos vão continuar se descredenciando e evitando trabalhar para o SUS”, disse. As entidades médicas brasileiras lutam pela implantação da CBHPM no SUS.
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