
A confirmação de 2 mortes em Paulínia (SP) por febre maculosa levou a Secretaria de Saúde a iniciar nesta segunda-feira 13 agosto/2012 um trabalho preventivo e de conscientização nas áreas constatadas com infestação por carrapato-estrela (Amblyomma cajennense) localizadas próximas do Rio Atibaia.
Os casos foram diagnosticados nos bairros Patropi e Jardim Planalto, que fica às margens do rio utilizado pelos moradores para a prática de pesca. O resultado do exame do Instituto Adolfo Lutz sobre a causa
da morte do homem, de 57 anos, foi confirmado no dia 9 agosto/2012.
A outra vítima é uma mulher, de 33 anos, que também tinha doença crônica, ficou internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Municipal e morreu no dia 18 de julho 2012.
Ambos não passaram por tratamento da doença, pois o diagnostico ocorreu após a morte. Nos estágios iniciais, os sintomas incluem febre, perda de apetite, náusea, vômitos, fortes dores de cabeça e dores musculares, semelhantes a de outros males como a dengue, gripe, por exemplo, que dificultam a constatação da doença.
G1
Comentário Promedorg
A notícia aponta 2 fatos frequentes em relação à doença:
1)o risco de infecção em áreas próximas a coleções hídricas (rios, lagoas, pesqueiros), sobretudo em função da presença de capivaras, principal hospedeiro do vetor.
2)a potencial letalidade associada à doença, decorrente, não apenas da virulência da bactéria, mas em grande parte devido ao baixo índice de suspeição e consequente introdução tardia, ou, pior, a não introdução, do tratamento específico.
Provavelmente, um equívoco na notícia: as armadilhas utilizadas pela SUCEN são, habitualmente, para captura de carrapatos, que, posteriormente, serão identificados quanto a espécie. Trata-se de
uma das etapas da investigação ambiental, desencadeada em áreas incriminadas como local provável de infecção. A captura de capivaras, por sua vez, pode vir a ser realizada no âmbito de
controle ambiental, mas somente após a prévia autorização ou licença ambiental.
A questão do manejo de capivaras, hoje, em muitos municípios com status de praga urbana, é um dos pontos mais críticos em relação ao controle da doença, notadamente em áreas urbanas (como parques
públicos e condomínios residenciais, por exemplo) de cidades de médio e grande porte.