O acordo que pôs fim à greve dos médicos legistas, após o lamentável episódio da prisão do presidente do Sinmed, Wellington Galvão, previa a retirada do processo criminal que levou à decretação da prisão. O acordo foi firmado pelo Tribunal de Justiça com participação do subprocurador-geral de Justiça, Sérgio Jucá, e de representantes do Estado.
Estranhamente, o presidente do Sinmed foi intimado, na semana passada, para comparecer a uma audiência no 3º Juizado Especial Cível e Criminal da Capital. Apesar do acordo, o MPE prosseguiu com o processo, encaminhando denúncia à Justiça, que intimou Wellington Galvão.
Os legistas voltaram ao trabalho acreditando que o acordo firmado seria cumprido. A extinção do processo foi negociada como condição para o fim da greve, porque o presidente do Sinmed estava cumprindo seu papel de apoiar a categoria e defender seus interesses numa luta justa, contra a qual não cabia nenhuma ação criminal.
Infelizmente, a extinção do processo não é a única parte do acordo que não está sendo cumprida. A reforma do prédio cedido pela Ufal para instalação provisória do IML teve o prazo estourado. A cada novo pronunciamento do governo sobre o assunto, a conclusão dos serviços é prometida para os “próximos 30 dias”. E, assim, o tempo vai passando.