O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, aproveitou a reunião com o governador em exercício, Sebastião Costa Filho, para externar sua preocupação com a crescente evasão de médicos da rede pública estadual e cobrar, mais uma vez, a implantação do PCCV da categoria e a realização de concurso público.
Galvão explicou que o governo está com dificuldade de recrutar prestadores de serviços para o HGE, SAMU e ambulatórios 24 horas, por falta de médicos no Estado. Ele explicou que os baixos salários forçaram à demissão voluntária de 45% dos médicos dos serviços de urgência e emergência nos últimos cinco anos e disse que a situação tem se agravado, e tende a piorar ainda mais, por conta das aposentadorias.
A representante da SEGESP no encontro, secretária adjunta Ricarda Calheiros Pontual, confirmou para o governador em exercício que a pasta vem negociando com o Sinmed há dois anos para iniciar a implantação do PCCV ainda em 2012, de forma parcelada, concluindo a implantação em 2014. Ela disse, ainda, que a proposta é coerente e está dentro das possibilidades financeiras do Estado. Já o Secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, disse que nada relacionado ao assunto tinha passado por ele.
O presidente do Sinmed disse ao governador em exercício que a categoria está mobilizada e que deu um prazo ao governo até o final de novembro definir a implantação do PCCV, de forma a viabilizar a realização de concurso público em 2013. Informou também que no final do prazo convocará a categoria para uma assembleia em que será decidida a estratégia de pressão a ser exercida pela categoria, caso o governo não tenha encaminhado o projeto de lei do PCCV à Assembleia Legislativa.