A fonte de infecção que é o animal doente
Reportagem divulgada esta semana pela TV Morena dá conta de que testes realizados em cães nos bairros da cidade pelo Centro de Controle de Zoonoses de Ponta Porã apontaram que 53% dos animais apresentaram-se soropositivos para a leishmaniose, o que preocupa a comunidade para a ocorrência de um surto da doença em humanos, já que na periferia há acúmulo de lixo e materiais orgânicos que facilitam a proliferação do mosquito flebótomo, transmissor da doença.
O mosquito contamina tanto cães como pessoas. O inquérito canino (que consiste na coleta de sangue dos animais domésticos – cães – , fonte de transmissão da doença) indica que a infestação de mosquitos é alarmante e as autoridades sanitárias precisam tomar providências urgentes para evitar um surto da doença, que já atingiu uma criança. Por sorte, ela ficou um mês internada, mas sobreviveu e passa bem.
Nos últimos dias, a coleta de lixo nos bairros foi paralisada, o que agrava ainda mais o problema. Agora, o CCZ está instalando armadilhas para identificar a presença do mosquito flebótomo.
Todavia, é necessário que uma equipe de agentes de controle de endemias trabalhe para quebrar o ciclo da doença, já que, segundo especialistas, existe um quadro denominado de cadeia completa. O vetor da doença que é o mosquito flebótomo, a fonte de infecção que é o animal doente e o receptor que é a pessoa que pode ser infectada pela doença. Por isso, os maiores esforços devem ocorrer no sentido de interromper a cadeia, eliminando o vetor.
Os levantamentos já efetuados apontam a presença do mosquito palha, como o flebótomo é mais conhecido, devido à sua cor marrom, em grande abundância. Por isto, é preciso que sejam pulverizados todos os imóveis das áreas com infestação com inseticida para combater o mosquito, para proteger a população, evitando o contágio das pessoas.
Como para os cães a doença não tem cura, os animais, infelizmente, precisam ser sacrificados.
Outra ação é a de conscientizar a população sobre a necessidade de eliminar os criadouros do mosquito palha. A limpeza é fundamental. O mosquito se prolifera onde há sujeira. Lixo orgânico, frutas em decomposição no chão, e também fezes de animais, são criadouros preferidos para a proliferação do mosquito flebótomo.
http://maracajunahora.com.br/site/permalink/24613.html