A hepatite E é uma doença com maior incidência em países com condições sanitárias precárias. Surtos vêm sendo reportados em países da Ásia, Oriente Médio, África e América Central.
Anualmente, se estima, em âmbito mundial, a ocorrência de 20.000.000 de casos e 70.000 óbitos decorrentes da doença. Cerca de 60% dos casos e 65% dos óbitos associados à hepatite E ocorrem em países do Sul e Leste da Ásia. Epidemias frequentemente acometem dezenas de milhares de pessoas em curto período de tempo.
Atualmente, são considerados grupos especialmente vulneráveis aqueles que vivem em campos de refugiados e abrigos após desastres naturais. Viajantes de países desenvolvidos são considerados grupos
de risco quando se deslocam para países "endêmicos".
Muito embora a principal via de transmissão seja a fecal-oral, tendo em água e alimentos contaminados as principais fontes de infecção, há também o risco de transmissão vertical, por transfusão de sangue e hemoderivados e da disseminação zoonótica a partir de suínos para humanos.
A infecção é aguda e geralmente benigna. A taxa de letalidade global observada é inferior à 4%. Entretanto, em gestantes, especialmente quando no terceiro trimestre, a doença se apresenta mais severa, com maior risco de quadros fulminantes e com taxas de letalidade que alcançam 10%-30%. Há relatos na literatura de
cronificiação da infecção pelo vírus da hepatite E em pacientes imunodeprimidos, como transplantados de órgãos.
No âmbito da prevenção, há uma vacina produzida e licenciada na China, mas não disponível para outros países.
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Para conhecer o mapa, sugerido pelo CDC (EUA), de áreas endêmicas
para hepatite E no mundo, acesse: