O abaixo-assinado contra a volta de Renan Calheiros (PMDB-AL) à presidência do Senado ultrapassou a marca de 110 mil assinaturas na internet. Lançada na quinta-feira passada, a petição online pede que os parlamentares escolham um nome "ficha limpa" para ocupar o cargo. A eleição no Senado está marcada para esta sexta-feira, dia 1º de fevereiro.
Segundo os movimentos anticorrupção que lançaram o documento, senadores que se opõem à candidatura de Renan se comprometeram a ler o abaixo-assinado no plenário da Casa se a petição conseguisse reunir os 100 mil nomes. Além do peemedebista, devem concorrer ao cargo os senadores Pedro Taques (PDT-MT) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
Os mesmos grupos que estão coletando as assinaturas online, organizaram nesta quarta-feira, 30, um protesto em Brasília. Eles instalaram baldes e vassouras na frente do Congresso Nacional e pretendem fazer uma faxina simbólica lavando a rampa do Senado.
Denúncias. A candidatura de Renan deve ser oficializada nesta quinta-feira pelo PMDB, mas a sua volta à presidência do Senado está sendo marcada por uma série de polêmicas.
Na semana passada, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal acusando Renan de apresentar em 2007 notas fiscais frias relacionadas à venda de bois. O objetivo do senador era comprovar rendimentos que teriam sido utilizados para pagar pensão a uma filha que ele teve em um relacionamento fora do casamento, com a jornalista Monica Veloso. Na época, surgiu a suspeita de que a pensão teria sido custeada por um lobista. Por causa do episódio, Renan respondeu a processo de cassação e renunciou à presidência da Casa em dezembro daquele ano.
Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,abaixo-assinado-contra-renan-calheiros-reune-mais-de-110-mil-nomes,990864,0.htm