Atenção, amigos da imprensa: o Sinmed promove nesta sexta-feira um café da manhã para repassar informações sobre a situação da rede estadual da saúde e a greve dos médicos. Diante da falta de uma negociação com efeitos práticos - até que tem conversa, mas nada de atender às reivindicações - buscam-se formas de pressionar o governo.
O afastamento dos prestadores de serviços e o fim dos plantões extras começam a vigorar na semana que vem. Isso vai, definitivamente, expor a absurda carência das médicos nos hospitais da rede pública, certamente levando ao colapso HGE, UE do Agreste e Santa Mônica, que são os únicos que até agora não haviam sido afetados pela greve por já estarem, cronicamente, operando no limite.
Desde 2007, a rede estadual de saúde 50% dos médicos que estavam em atividade. Entre aposentadorias por tempo de serviço, aposentadorias proporcionais, aposentadorias por motivo de doença, mortes e demissões voluntárias, a rede pública estadual de saúde perdeu cerca de 1.300 médicos. Onde, até 5 anos trabalhavam 2.600 médicos, hoje trabalha a metade disso.
A situação é grave. Só o governo não vê.
Hospital tem que ter médico. Hospital não funciona sem médicos. Hospital sem médico não é hospital, é arapuca para atrair e matar pessoas que necessitam de assistência.