Condenação a comissários encobre um crime horrendo Por Alejandro Peña Esclusa |
A condenação aos comissários Simonovis, Forero e Vivas, e demais funcionários policiais é uma tapeação, cujo objetivo é encobrir um dos crimes mais horrendos cometidos na história moderna da Venezuela.
A condenação aos comissários Simonovis, Forero e Vivas, e demais funcionários policiais é uma tapeação, cujo objetivo é encobrir um dos crimes mais horrendos cometidos na história moderna da Venezuela.
A juíza da causa e os funcionários governamentais sabem muito bem que os comissários são inocentes. O massacre de 11 de abril de 2002 foi concebido e planejado friamente – com dias de antecedência – pelo Alto Governo, para impedir que qualquer protesto cidadão chegasse ao Palácio de Miraflores.
Existem evidências cabais de tal planejamento, que se tornaram públicas durante a interpelação parlamentar aos militares que desconheceram as ordens de reprimir o povo em 11 de abril.
Os assassinos de Puente Llaguno – hoje heróis da Revolução – não atuaram espontaneamente, senão que receberam ordens superiores de disparar contra manifestantes pacíficos e desarmados.
Esta não foi a única vez que os pistoleiros de Llaguno foram ativados. Em 7 de dezembro de 2001, o governo de Chávez planejou um massacre similar, para impedir que uma marcha organizada pela associação civil Fuerza Solidaria chegasse a seu destino. As armas não foram acionadas simplesmente porque os organizadores da marcha – informados a tempo da emboscada – decidiram suspendê-la na metade do caminho.
Segundo a perversa lógica dos funcionários governamentais, “a Revolução justifica os meios”, quer dizer, qualquer crime se justifica, qualquer violação é permitida, com o objetivo de perpetuar Chávez no poder.
Neste caso, o crime é duplamente maligno: por um lado, o oficialismo planeja e executa um massacre contra cidadãos inocentes; e por outro, condena precisamente aos que fizeram o possível para impedi-lo. Que infâmia! Quanta maldade!
Todavia, esta terrível injustiça será reparada. Uma série de acontecimentos provocados – dentre outras razões – pela crise econômica, derrubará o frágil chão que sustenta o Regime; e os que hoje se erigem em juízes onipotentes, serão réus de Lei.