Na Santa Mônica, 15 médicos efetivos - entre obstetras, anestesistas e pediatras (alguns com 20 anos de trabalho) - decidiram pedir demissão. Não aguentam mais tanto trabalho, em condições tão degradantes e por um salário tão baixo.
Sentem-se impotentes diante da falta de condições de prestar atendimento minimamente digno. Trabalham sob pressão e numa situação terrível de estresse.
E, sabendo das condições da maternidade, quando encerram o plantão, indo para casa ou para outro emprego, não conseguem se desligar das mães e dos bebês que deixaram lá em situação crítica, são perseguidos pela angústia que vivem na Santa Mônica, onde quer que estejam.
Pois bem: além dos 15 demissionários, até o final deste mês mais quatro médicos sairão da escala de plantão da Maternidade Santa Mônica, por aposentadoria.
Com 19 médicos a menos no quadro, como vai ficar a situação da maternidade pública do Estado que é referência para gestantes e bebês de alto risco?