No portal do Ministério da Saúde, a página do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab) explica que seu objetivo é disponibilizar profissionais de saúde para as localidades do país de maior vulnerabilidade (áreas de extrema pobreza, periferias de cidades grandes, populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas), promovendo ainda a capacitação e aperfeiçoamento dos trabalhadores do SUS, além de favorecer a universalização do acesso aos serviços de saúde.
Pelo Provab, o médico é contratado pelo MS por pelo menos um ano e recebe uma bolsa de R$ 8 mil por 32h semanais de trabalho nas unidades básicas de saúde e 8h de atividades acadêmicas semipresenciais. Além disso, o Ministério disponibiliza um curso de especialização em Atenção Básica, pela Universidade Aberta do SUS (UnA-SUS). A cada trimestre, o médico é avaliado por gestores e instituições formadoras.
No caso de Alagoas, o programa não terá preceptoria de professores/médicos da Ufal. Os novos médicos serão designados para seus postos de trabalho sem qualquer apoio ou acompanhamento de profissional mais experiente. Farão medicina de pobre para pobre.
O presidente do Sinmed, Wellington Galvão, acha a situação preocupante e disse que o próprio Ministério da Saúde desvirtua os programas que cria. Nos próximos dias, ele pedirá uma audiência ao secretário de Estado da Saúde, Jorge Villas Bôas, para tentar saber como e onde serão aproveitados em Alagoas os médicos do Provab.