Na semana passada, três médicos efetivos deixaram de vez a Maternidade Santa Mônica. Não aguentaram mais o estresse da superlotação, da falta de condições de trabalho e da sobrecarga na rotina de trabalho extenuante em troca de um salário vil. Perderam a esperança da vitória na luta da categoria pelo plano de carreira, por remuneração digna e condições éticas de atendimento à população.
Esta semana, o presidente do Sinmed vai conversar com 18 médicos de uma lista que lhe foi entregue na quinta-feira passada. Eles trabalham na Santa Mônica e vão pedir demissão. Os motivos são os mesmos dos três colegas que já deixaram a maternidade.
Quando a saída desses 18 profissionais se concretizar, não haverá a mínima condição de se manter a Santa Mônica em funcionamento. Há muito tempo a maternidade sofre com déficit de médicos, funcionando de forma precária. Um corte de 21 médicos no quadro da maternidade será fatal. A Santa Mônica vai ter que fechar. Será irresponsabilidade dos gestores manter as portas abertas sem ter médicos para dar assistência à população.