Luanda - As más práticas registadas na área de gestão hospitalar concorrem fortemente para a elevação dos custos orçamentais e, principalmente, para o aumento do sofrimento dos pacientes, afirmou hoje, em Luanda, o director de Economia e Fianças da Clínica Sagrada Esperança (CSE), João Martins.
O responsável fez esta afirmação quando dissertava num dos painéis do 3º Workshop Internacional sobre Gestão, Qualidade e Segurança na Saúde, que decorre desde quinta-feira e encerra hoje, na capital do país, acrescentando que as instituições hospitalares devem adoptar medidas para evitar custos acrescidos e desperdícios.
Desperdícios na área da saúde, explicou, são representados por gastos desnecessários nos processos, produtos, procedimentos ou serviços destinados à assistência aos pacientes.
“Há ainda os desperdícios relacionados à compra de grandes stocks, o que dificulta o seu controlo, a aquisição de material de qualidade questionável, o uso de forma inadequada e excessiva devido a não aplicação de boas práticas na distribuição e stockagem nos serviços”, reforçou.
Segundo o prelector, os conselhos de gerência das empresas devem empenhar-se, cada vez mais, no sentido de optimizarem os investimentos, evitarem desperdícios, aumentarem os índices de eficácia e efectividade clínica, maximizarem os benefícios e minimizarem os riscos, assim como satisfazerem os preceitos éticos.
Participam do certame, organizado pela Clínica Sagrada Esperança, médicos, gestores e outras individualidades ligadas ao sector hospitalar de Angola, Brasil e Portugal, com destaque para o ministro da Saúde, José Van-Dúnem.
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