O debate promovido pelo SINMED e Diretórios Acadêmicos da UFAL e UNCISAL na última quarta-feira à noite, no Sindicato, sobre a decisão do governo federal de isentar médicos estrangeiros de se submeterem ao Revalida – Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos - fortaleceu o posicionamento dos médicos e acadêmicos de Medicina de Alagoas em defesa do Exame, que avalia se o médico estrangeiro ou o brasileiro formado em outro país está apto a exercer a profissão no Brasil, garantindo aos aprovados o registro no CRM do Estado onde vai atuar.
A ideia do debate surgiu depois que o governo federal anunciou que vai trazer 6 mil médicos cubanos, além de espanhóis e portugueses, para trabalhar em regiões do Brasil onde faltam médicos. De acordo com o governo, esses médicos não precisarão fazer o Revalida. As entidades médicas nacionais reagiram, porque entendem que os motivos da falta de médicos no interior são os baixos salários oferecidos aos profissionais, a precarização do trabalho do médico e a falta de estrutura das redes de atendimento.
No debate, foi definida a adesão de Alagoas ao movimento REVALIDA, SIM!, que realizou ontem protestos em todo o País em defesa do Exame e também contra a vinda dos médicos estrangeiros. Em Maceió, o protesto foi agendado para a manhã de ontem, na orla da Ponta Verde.