[...] As doenças têm apenas a história que lhe é atribuída pelo homem. A
doença não tem existência em si, é uma entidade abstracta à qual o homem
dá um nome. A partir das indisposições sentidas por uma pessoa, os médicos
criam uma noção intelectual que agrupa os sintomas de que sofre o “doente”,
os sinais que um observador pode constatar, as lesões anatômicas, por vezes,
uma causa ou um germe causal, e a este conjunto aplicamos uma etiqueta
chamada diagnóstico, do qual decorre um tratamento destinado a agir sobre
os sintomas e, se possível, sobre a causa.
Estas operações respondem a desejos permanentes do espírito humano, que
busca, ante um universo misterioso, nomear, classificar, simplificar, para
organizar (SOURNIA, 1991, p. 359).
JUCIELDO FERREIRA ALEXANDRE
Dissertação de mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em História, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal da Paraíba –
UFPB, em cumprimento às exigências para obtenção do
título de Mestre em História, Área de Concentração em
História e Cultura Histórica.