A malária humana é uma doença infecciosa aguda e se manifesta através de alguns sintomas que podem aparecer isoladamente ou em conjunto, tais como: calafrios, tremores, suores intensos, dor de cabeça, dores no corpo. A malária é conhecida no Brasil por diversos nomes: paludismo, impaludismo, febre palustre, febre intermitente, febre terçã benigna, febre terçã maligna, maleita, sezão, tremedeira, batedeira ou febre.
É uma doença que pode ser causada por cinco protozoários (parasitas) do gênero Plasmodium: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malariae, P. ovale e P. knowlesi. Somente os três primeiros protozoários estão presentes e causam malária no Brasil, sendo a espécie P. vivax a mais frequente. O P. ovale ocorre apenas no continente africano e o P. Knowlesi no Sudeste Asiático.
A malária é transmitida ao homem por meio da picada da fêmea de mosquitos do gênero Anopheles, infectada pelo Plasmodium. Estes mosquitos anofelinos têm hábitos alimentares nos horários crepusculares, entardecer e amanhecer; todavia, em algumas regiões da Amazônia, apresenta-se com hábitos noturnos, picando durante todas as horas da noite. A doença também pode ser adquirida através de transfusão de sangue infectado, transplante de órgãos, uso compartilhado de seringas e, mais raro ainda, por via congênita.
O Ministério da Saúde no Brasil utiliza critérios rigorosos na seleção de doadores de sangue e órgãos, para impedir que pessoas sejam infectadas por malária e outras doenças.
Ao programar uma viagem, é importante que a pessoa conheça com antecedência o destino. Caso o viajante deseje se deslocar para uma área endêmica ou de transmissão de malária deverá buscar com o profissional de saúde, antes da viagem, informações acerca da doença e possíveis medidas de prevenção. Áreas endêmicas ou de transmissão de malária são aquelas que apresentam registros contínuos de casos da doença durante todo ano.
No Brasil, 99,9% da transmissão da malária concentra-se na Região Amazônica, composta pelos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Para obter mais informações sobre malária acesse o link
Em áreas de transmissão de malária, é fundamental que o viajante tome as seguintes medidas de proteção contra as picadas de mosquitos para que o risco de infecção seja reduzido ou impedido:
• Ter conhecimento sobre o horário de maior atividade de mosquitos vetores de malária, do pôr-do-sol ao amanhecer.
• Usar roupas claras e com manga longa, durante atividades de exposição elevada.
• Usar repelente à base de DEET (N-N-dietilmetatoluamida) que deve ser aplicado nas áreas expostas da pele seguindo a orientação do fabricante. Em crianças menores de 2 anos de idade não é recomendado o uso de repelente sem orientação médica. Para crianças entre 2 e 12 anos usar concentrações até 10% de DEET, no máximo três vezes ao dia, evitando-se o uso prolongado.
Em áreas de transmissão de malária é imprescindível que o viajante fique atento ao surgimento de sintomas da doença, como febre, dor no corpo e dor de cabeça. Em caso de manifestação de algum sintoma da doença, procure uma unidade de saúde especializada mais próxima, o ideal é que este atendimento seja feito o quanto antes, não passando de 24 a 48 horas após os primeiros sintomas. O Brasil conta com uma rede pública de saúde estruturada para diagnosticar e tratar os pacientes, de forma oportuna e adequada.
Deve-se ainda observar situações de risco elevado de adquirir malária:
» Itinerário da viagem: destino que inclua locais com níveis elevados de malária e/ou transmissão em perímetro urbano;
» Objetivo da viagem: viajantes que visitam amigos e parentes e/ou realizam atividades do pôr-do-sol ao amanhecer;
» Condições de acomodação: dormir ao ar livre, em acampamentos, barcos, ou habitações precárias sem proteção contra mosquitos;
» Duração da viagem: período da viagem maior que o período de mínimo incubação da doença (sete dias);
» Época do ano: viagem próxima ao início ou término da estação chuvosa;
» Altitude do destino: destinos até 1.000 m de altitude;
» Acesso ao sistema de saúde no destino distante em mais de 24h.
Após o retorno da viagem, caso apresente febre ou outros sintomas procure imediatamente um serviço de saúde e informe sobre sua viagem, destino, estadias, atividades lá desenvolvidas e as prováveis situações de risco pelas quais passou.
Caso você queira adquirir mais informações acerca da malária antes de realizar a sua viagem, busque orientações em um dos Centros de Referência.
Fique atento! Febre pode ser MALÁRIA
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