Havana, 10 out (EFE).- Um grupo de 80 "empresários" de Cuba e Brasil do setor açucareiro iniciou nesta quinta-feira em Havana uma rodada de negócios para aumentar a "cooperação" entre os dois países, informou a imprensa local.
Da reunião participam representantes de 17 empresas brasileiras, entre elas a Companhia de Obras em Infraestrutura (COI), subsidiária da Odebrecht em Cuba, junto com dez diretores e "analistas" de outras entidades da ilha.
Um dos propósitos do fórum, que concluirá nesta sexta-feira, é a avaliação das tecnologias brasileiras na produção e no processamento de cana-de-açúcar e de combustíveis renováveis como etanol, biodiesel e biomassa, entre outros derivados.
Representantes das empresas brasileiras se interessaram pelo intercâmbio técnico-científico e comercial com seus colegas cubanos por considerar o setor açucareiro da ilha potencialmente produtivo e competitivo.
Wolney Longhini e Hélio Rubens de Toledo, diretores da COI, se referiram à execução do contrato de administração Brasil-Cuba no centro açucareiro 5 de Setiembre, que procura aumentar a produção de cana, açúcar e energia nessa unidade, situada na província de Cienfuegos.
Trata-se do primeiro convênio de administração mista na área açucareira assinado na ilha em novembro do ano passado com a COI, cuja projeção é triplicar a produção atual do centro de 30 mil para 90 mil toneladas de açúcar, assim como duplicar seus rendimentos de cana.
Funcionários do Grupo AZCUBA, criado em 2011 para dirigir a indústria açucareira cubana, explicaram que foi proposto um ambicioso programa de desenvolvimento, um deles, manter os incrementos na produção de açúcar que se alcançaram nos três últimos anos e avançar para resgatar a eficiência industrial e outro na área energética com a instalação de um grupo de bioelétricas.
Convocados pela Câmara de Comércio de Cuba e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, empresários das duas nações já exploraram em agosto em Havana novas oportunidades de negócios, na busca de diversificar sua troca econômica.
O Brasil é o segundo parceiro comercial latino-americano de Cuba, depois da Venezuela, e está entre os primeiros cinco em nível mundial, segundo fontes oficiais da ilha. EFE
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