O governo estadual precisa se posicionar urgentemente sobre a realização de concurso público para contratação de médicos e outros profissionais que atuam nos hospitais, ambulatórios 24h e demais unidades da rede de atendimento à população. Os antigos mini pronto socorros já deixam de funcionar em alguns turnos por não terem médicos em quantidade suficiente para cobrir todas as escalas.
Em todos os hospitais e na maternidade escola Santa Mônica também faltam médicos, o que faz com que os que atuam nesses locais trabalhem com sobrecarga. Prestação de serviços e plantões extras já não atraem mais a categoria médica, que quer emprego efetivo com garantia de direitos trabalhistas, estabilidade, férias, 13º, carga horária definida e aposentadoria.
No Hospital de Doenças Tropicais Prof. Hélvio Auto, a situação é desesperadora. O atendimento se mantém pelo amor dos médicos remanescentes, que se sujeitam à sobrecarga desumana de trabalho para que a unidade – uma das mais importantes e necessárias da rede pública – não tenha que fechar as portas.
Nos últimos anos, a falta de médicos na rede pública estadual tem se agravado por conta das demissões voluntárias devido aos baixos salários e falta de condições de trabalho e também pelas aposentadorias, que aumentaram depois que o STF reconheceu o direito dos médicos à aposentadoria especial com 25 anos de trabalho. A situação deve continuar piorando, pois muitos processos de aposentadoria estão em andamento.
SINMED-AL