Com muito surpresa soube de uma pesquisa que demonstra que bebês têm senso moral. Várias décadas de pesquisa do psicólogo canadense Paul Bloom e sua colega e esposa Karen Wynn, da Universidade de Yale, estão no livro "Just Babies". Em um experimento com marionetes, bebês de apenas três meses já mostram sua aparente preferência pelo personagem bonzinho, e bebês de apenas um ano às vezes decidem fazer justiça com as próprias mãos e dão um peteleco na cabeça do personagem "malvado".
Pois é, até os bebês nascem com senso de justiça e quando vemos a presidente Dilma fazer o que faz é de ficar ainda mais estarrecido. Veja-se que ela faz uma propaganda danada do programa "Mais Médicos". Um programa cuja prioridade é levar atendimento às periferias das médias e das grandes cidades, aos municípios das regiões Norte e Nordeste, aos distritos indígenas e às populações quilombolas. Informou que o programa já levou quase 6.660 médicos a cerca de 2.200 municípios, atendendo 23 milhões de pessoas. Se fizermos as contas, veremos que foi um atendimento rapidinho, embora isso também seja bom, não é a solução como a propaganda nos faz crer, principalmente porque esses doentes não têm dinheiro para comprar remédios.
Mario Eugenio Saturno é tecnologista sênior do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais)
A presidenta afirma que o "Mais Médicos" é uma resposta às necessidades da população, que sempre reivindicou a melhoria da saúde em nosso País. O governo federal está ouvindo esses pleitos e melhorando o atendimento de saúde do Brasil para quem mais precisa. Só que ela esquece que precisa preservar as Santas Casas que estão falindo, criar mais leitos, distribuir mais remédios...
Porém a pior foi a expropriação de salários promovida através da correção da Tabela do Imposto de Renda, corrigida em 4,5%, inferior à inflação e à correção do salário. E por esse dispositivo nefasto, muitos pobres pagarão imposto. E a "presidenta" nem corada fica! E, mais, nos últimos 18 anos, o governo corrigiu a tabela do IR abaixo da inflação, acumulando perda de 66%. Isso explica porque a carga tributária no Brasil já representa, segundo o Fisco, cerca de 35,85% do PIB (Produto Interno Bruto), uma das mais elevadas do mundo. Cadê os deputados e senadores para pressionarem a revisão da correção da tabela?
E é claro que o governo pode abrir mão desse recurso. Veja-se que a presidente Dilma andou perdoando dívida de ditaduras caloteiras, corruptas e genocidas como Congo, Gabão e Guiné, totalizando quase dois bilhões de reais, e Cuba que recebeu do BNDES 682 milhões de dólares para o Porto Mariel, duplamente danoso ao Brasil, que precisa de investimentos em infraestrutura e porque Cuba já deu calote em países como o nosso, por exemplo, o México.
Outro gasto fabuloso, a "presidenta" resolveu socorrer o regime chavista da Venezuela, que sofre grave crise de abastecimento, e o País corre o risco de calote dos importadores venezuelanos. E, ainda, uma auditoria da CGU (Controladoria-Geral da União) mostrou que os desvios e o mau uso de recursos públicos destinados ao pagamento do Bolsa Família são uma prática generalizada.