"Naturalmente os cidadãos que receberam os médicos estrangeiros ficaram satisfeitos. Porque até aí não tinham médico e passaram a ter. Não com as competências adequadas e desejáveis, mas passaram a ter um médico", acrescentou. José Manuel Silva.
Presidente da Ordem dos Médicos acredita que os usuários tenham ficado "satisfeitos" com a chegada, há dois anos, dos médicos cubanos a Portugal, mas voltou a lamentar a falta de "competências adequadas" para exercerem a função.
"São médicos indiferenciados sem a especialidade de medicina geral e familiar, que em Portugal tem quatro anos de curso", explicou à agência Lusa José Manuel Silva. De acordo com o presidente é necessário que esses clínicos tenham "competências específicas porque têm que lidar com situações que vão desde o planeamento familiar à obstetrícia, à pediatria, à geriatria e ao estudo e acompanhamento das famílias".
"Naturalmente os cidadãos que receberam os médicos estrangeiros ficaram satisfeitos. Porque até aí não tinham médico e passaram a ter. Não com as competências adequadas e desejáveis, mas passaram a ter um médico", acrescentou. O primeiro grupo destes médicos cubanos chegou a 08 de Agosto de 2009, no âmbito de um contrato celebrado entre os governos de Portugal e de Cuba, para prestar cuidados médicos em centros de saúde no Alentejo, Algarve e Ribatejo.
"A Ordem dos Médicos defende que todo o cidadão português tem direito a ter acesso a um médico. O que quer é que tenham acesso a um médico com especialidade. Não tem a ver com a nacionalidade. Não há qualquer tipo de xenofobia", afirmou o presidente, sublinhando que "dez por cento dos médicos a trabalhar em Portugal são estrangeiros". José Manuel Silva considerou que o principal erro do anterior Governo foi ter importado ativamente médicos do estrangeiro para desempenharem "funções para as quais não estão preparados".
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